REPERCUSSÃO-Lula confirma Haddad e outros futuros ministros
(Reuters) - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta sexta-feira Fernando Haddad para o comando do Ministério da Fazenda em decisão amplamente antecipada. Haddad disse que seu histórico como prefeito de São Paulo mostra que não será um ministro “gastador” e apontou como algumas das suas prioridades para 2023 a definição de um novo arcabouço fiscal e a reforma tributária.
Lula anunciou também o ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro no comando da Defesa, o ex-governador do Maranhão Flávio Dino como ministro da Justiça, o atual governador da Bahia, Rui Costa, como chefe da Casa Civil e o ex-chanceler Mauro Vieira para a pasta das Relações Exteriores.
Veja abaixo comentários sobre o anúncio:
ISAAC SIDNEY, PRESIDENTE DA FEBRABAN:
“A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) cumprimenta e deseja sucesso ao futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicado, nesta sexta-feira, pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Político experiente, ex-prefeito de São Paulo, afeito ao diálogo e com qualidades reconhecidas, Haddad já assumiu compromisso com o crescimento, agenda social e responsabilidade fiscal, como demonstrou em discurso durante o almoço anual de Dirigentes de Bancos, realizado em 25 de novembro.”
LUIZ CARLOS TRABUCO, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BRADESCO
“A indicação do ex-prefeito e ex-ministro da Educação Fernando Haddad para a Fazenda sinaliza a intenção de mediar os naturais conflitos existentes na condução econômica de um país complexo como o Brasil pela via do pragmatismo. Não foi outra a razão de Haddad ter como prioridades a reforma tributária e os desafios do crescimento econômico. Sinaliza um perfil de alguém que olha para o equilíbrio entre as demandas sociais urgentes e a responsabilidade fiscal necessária. O social e o fiscal são irmãos gêmeos da credibilidade.”
IGOR CAVACA, HEAD DE GESTÃO DE INVESTIMENTOS DA WARREN:
“O mercado estava esperando um anúncio para a Fazenda de um nome mais ortodoxo, expectativa que foi sendo ajustada ao longo de novembro, com consequências intensas sobre os ativos de renda fixa e variável. A confirmação de Haddad, em parte, já vinha sendo precificada pelo mercado, mas podemos ter ajustes adicionais após posicionamento sobre políticas a serem implementadas e aumentos de gastos para os próximos anos. Em contrapartida, temos ainda alguns ministérios para serem anunciados com enfoque na economia. Caso esses nomes venham mais alinhados a uma política mais contida de gastos, a contraposição pode ajudar na redução de incerteza e melhora das expectativas para 2023.”
LEONEL MATTOS, ANALISTA DE INTELIGÊNCIA DE MERCADO DA STONEX
“A escolha reflete a preferência de Lula por um político do PT para o cargo, alguém mais alinhado às suas ideologias e pensamentos para a área econômica, e alguém que possivelmente não discordará muito dos planos do presidente eleito para a área. Eles (investidores) temem que a gestão de Fernando Haddad possa ser marcada por uma expansão dos gastos públicos e por uma elevação do endividamento do Estado. É dado que Lula, em suas falas recentes, tem priorizado a questão da responsabilidade social sobre a responsabilidade fiscal, a necessidade de se recuperar os investimentos no país, e não tem dado muita preferência ou declarações a favor da responsabilidade fiscal do Orçamento.”
JOÃO PICCIONI, ANALISTA DA EMPIRICUS:
“Acho que o anúncio em si acabou tendo esse reflexo muito mais no dia de ontem, com um pregão mais negativo. Haddad já falou que não deve anunciar sua equipe de trabalho agora, vamos ver como ele trabalha com esse time para a virada do ano e aí a gente vai ver como os mercados vão reagir. Vamos esperar semana que vem para entender para onde as expectativas vão apontar. A gente está vendo o dólar para cima, mas para mim esse nível não me parece nada fora do natural.”
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