Rússia ultrapassa Arábia Saudita como maior fornecedora de petróleo à China em novembro
CINGAPURA (Reuters) - As importações chinesas de petróleo bruto da Rússia aumentaram 17% em novembro em relação ao ano anterior, com as refinarias da China correndo para garantir mais cargas, antes de um teto de preço imposto pelo Grupo dos Sete países (G7) em 5 de dezembro.
O salto fez da Rússia o principal fornecedor de petróleo para a China, à frente da Arábia Saudita.
As chegadas de petróleo russo, incluindo petróleo bombeado pelo oleoduto da Sibéria Oriental no Oceano Pacífico e embarques marítimos dos portos europeus e do Extremo Oriente da Rússia, totalizaram 7,81 milhões de toneladas no mês passado, mostraram dados da Administração Geral das Alfândegas nesta terça-feira.
Isso equivale a 1,9 milhão de barris por dia (bpd), ante 1,82 milhão de bpd em outubro e 1,63 milhão de toneladas no mesmo período do ano passado.
A partir de 5 de dezembro, a União Europeia proibiu as importações de petróleo bruto russo e os países do G7 introduziram um teto de 60 dólares o barril para o petróleo russo em uma tentativa de limitar a capacidade de Moscou de financiar a guerra na Ucrânia.
Grandes descontos no petróleo bruto russo, no entanto, ainda atraíram compradores chineses em novembro, especialmente as refinarias independentes no centro de refino de petróleo de Shandong, embora algumas refinarias estatais tenham começado a reduzir as compras devido a preocupações com as sanções ocidentais a Moscou.
As importações pela China da Arábia Saudita totalizaram 6,62 milhões de toneladas em novembro, ou 1,61 milhão de bpd, queda de 11% em relação ao ano anterior.
Os analistas esperavam que a participação de mercado da Arábia Saudita na China permanecesse firme ou até aumentasse no futuro, depois que o presidente da China, Xi Jinping, prometeu fazer mais acordos de energia com o maior exportador de petróleo do mundo.
Os embarques de petróleo bruto dos Estados Unidos para a China atingiram 1,05 milhão de toneladas ano em novembro, o nível mais alto desde janeiro, com os compradores aproveitando os lucros consideráveis de arbitragem após o aumento da produção de óleo de xisto e vendas de reservas nos EUA.
(Reportagem de Muyu Xu)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.