Americanas prometem a sindicatos que não farão demissão em massa antes de plano da RJ
As Americanas prometeram nesta sexta-feira (3) a representantes sindicais que não farão demissões em massa ou fecharão lojas até concluir seu plano de recuperação judicial, disseram à Reuters sindicalistas que participaram da reunião com executivos da empresa.
Centrais sindicais realizaram mais cedo um ato na região central do Rio de Janeiro, em defesa dos empregos e da garantia dos direitos dos trabalhadores da varejista. As Americanas entraram em recuperação judicial no mês passado após revelar um rombo contábil de cerca de 20 bilhões de reais.
Após o ato, advogados e executivos da Americanas, como das áreas de relações sindicais e recursos humanos, se reuniram no Rio de Janeiro com representantes sindicais de alguns Estados, por cerca de duas horas, segundo os relatos
"Eles disseram que o plano de recuperação judicial ainda está sendo constituído e assim que tiverem informação da parte da reestruturação e fechamento de lojas vamos iniciar o diálogo", disse Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro e dirigente sindical da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros (CTB).
A Americanas teve a recuperação judicial aceita em 19 de janeiro e tem até 60 dias, a partir de então, para apresentar seu plano de equacionamento financeiro. As dívidas da companhia passam dos 40 bilhões de reais.
"O compromisso que teve foi de não demitir até os 60 dias. Depois, vai ter demissão, fechamento de loja, mas eles não conseguem quantificar isso ainda", afirmou Nilton Merco, presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre e representante dos comerciários na Força Sindical.
"Se ocorrerem eventuais demissões, vão comunicar os sindicatos", disse Ayer, citando que, segundo a empresa.
As Americanas não responderam a pedidos de comentários sobre a reunião.
Os sindicatos esperam ter respostas mais claras por parte da empresa na mediação organizada pelo Ministério Público, e que, deve ficar para depois do Carnaval — mas antes do prazo final da apresentação do plano pela Americanas.
A expectativa, segundo Merco, é que nessa reunião com o MP as Americanas já levem uma proposta mais clara sobre demissões e fechamentos de lojas.
Segundo Ayer, estão ocorrendo "poucas" demissões e fechamentos de lojas, e os números são linha com que era visto antes da recuperação judicial.
Uma outra demanda das entidades foi para que a rescisão das demissões que eventualmente ocorrerem tenha homologação supervisionada por sindicato, uma obrigação que deixou de existir após a aprovação da reforma trabalhista, em 2017.
Os relatos são de que as Americanas pediram uma semana para dar um retorno sobre essa pauta.
As estimativas dos sindicatos falam entre 300 e 1.000 pessoas no ato desta sexta-feira.
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