Petrobras reduz querosene de aviação pelo 3º mês; queda no ano é de 25,6%
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras cortou na véspera o preço médio do querosene de aviação (QAV) vendido à distribuidoras em 11,5%, no terceiro recuo mensal consecutivo do combustível, informou a companhia em um comunicado à imprensa nesta terça-feira.
Com isso, a queda acumulada do combustível neste ano soma 25,6%, pontuou a companhia.
Na nota, a empresa reiterou que os ajustes de preços de QAV são mensais e definidos por meio de fórmulas contratuais negociadas com as distribuidoras, "conforme prática que remonta aos últimos 20 anos".
"Os preços de venda de QAV da Petrobras buscam equilíbrio com o mercado e acompanham as variações do valor do produto e da taxa de câmbio, para cima e para baixo, com reajustes aplicados em base mensal, mitigando a volatilidade diária das cotações internacionais e do câmbio", adicionou a Petrobras.
O corte foi considerado positivo pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). No entanto, a presidente da entidade, Jurema Monteiro, ponderou à Reuters que os preços estão atualmente 124% superiores aos valores praticados em abril de 2020, início da pandemia de Covid-19.
"É o terceiro mês de queda consecutiva, o que é indiscutivelmente positivo para o setor, mas o preço do combustível segue sendo um dos maiores desafios da nossa aviação, que segue fortemente impactada pelas cotações deste insumo e do dólar, disse Monteiro.
De acordo com a presidente, o QAV responde por cerca de 40% dos custos de uma companhia aérea, que por sua vez têm uma parcela de quase 60% dolarizada.
"Essa é uma pauta histórica a ser enfrentada, e nossa posição é que ela seja discutida visando soluções estruturantes e de longo prazo. Para isso, a Abear vem fortalecendo o diálogo com os Poderes Executivo e Legislativo em busca de recuperação consistente e sustentável do setor", afirmou.
A Petrobras comercializa o QAV produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras, que por sua vez transportam e comercializam os produtos para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores. Distribuidoras e revendedores são os responsáveis pelas instalações nos aeroportos e pelos serviços de abastecimento.
A petroleira ressaltou em nota ainda que o mercado brasileiro é aberto à livre concorrência, e não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores de QAV.
(Por Roberto Samora, Rodrigo Viga Gaier e Marta Nogueira)
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