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Yellen diz que membros do G7 estão estudando como combater "coerção econômica" da China

11/05/2023 09h29

Por Andrea Shalal

NIIGATA, JAPÃO (Reuters) - A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta quinta-feira que muitos membros do G7 compartilham os temores norte-americanos sobre a "coerção econômica" que a China utiliza contra outros países e estão avaliando como combater essa postura.

Yellen disse em uma coletiva de imprensa que Washington também considerou por muito tempo a possibilidade de impor restrições adicionais e estritamente direcionadas ao investimento externo para a China, e vinha discutindo essa perspectiva com aliados do G7.

Ela disse que o governo dos EUA vinha discutindo a possibilidade internamente há algum tempo, mas não havia definido sua abordagem. O governo Biden está empenhado em discutir a questão com parceiros e aliados e considera a ação coordenada de países com ideias semelhantes a mais eficaz e útil.

A China estará no foco dos líderes financeiros do G7 quando eles se reunirem na cidade japonesa de Niigata esta semana, com o atual presidente do G7, o Japão, liderando novos esforços para diversificar as cadeias de suprimentos e reduzir sua forte dependência da China, a segunda maior economia do mundo e o segundo maior detentor externo da dívida norte-americana.

Os parlamentares dos EUA têm pressionado o governo a aumentar a supervisão dos investimentos de empresas e indivíduos norte-americanos em outros países, principalmente na China, citando preocupações com questões de segurança nacional e cadeia de suprimentos, e pedindo ao presidente Joe Biden para emitir um decreto.

"Temos conversado com nossos pares do G7, e espero que continuemos com essas reuniões, pelo menos de alguma forma informal", disse Yellen, quando questionada sobre o esperado decreto.

Ela disse que qualquer ação dos EUA terá "escopo estreito e visará tecnologias onde há claras implicações de segurança nacional", sem dar um cronograma para a ação.

Yellen disse que o G7 - que agrupa os EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, bem como a União Europeia - também continuará trabalhando para mitigar os riscos geoestratégicos e combater a coerção econômica, citando um discurso no mês passado, em que ela disse que Washington iria retaliar ações chinesas para dominar os concorrentes estrangeiros.

(Por Andrea Shalal)