Presidente do BC do Japão promete manter política monetária frouxa e descarta chance de saída antecipada
Por Leika Kihara
TÓQUIO (Reuters) - O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse que o banco central japonês está inabalável em sua postura de manter a política monetária ultrafrouxa, reiterando aos mercados que o país continuará sendo um caso atípico de juros ultrabaixos enquanto seus pares globais combatem a inflação teimosamente alta.
O recente aumento da inflação japonesa acima da meta de 2% do Banco do Japão é impulsionado principalmente por fatores de aumento de custos, e não pela forte demanda doméstica, disse Ueda, acrescentando que responder a essas altas de preços com uma política monetária mais rígida prejudicaria a economia.
Há também o risco de o crescimento no exterior ficar abaixo das expectativas devido às consequências dos aumentos agressivos dos juros nos Estados Unidos, disse Ueda nesta sexta-feira.
"No momento, é necessário continuar com o afrouxamento monetário", já que o Japão ainda não viu as condições se estabelecerem para que a inflação atinja de forma sustentável 2%, disse ele em um seminário.
Embora as negociações deste ano tenham levado a altas salariais inéditas em três décadas, o Banco do Japão deve esperar e ver se esses aumentos se estenderão a mais empresas e se se tornarão duráveis, disse ele.
"O custo de mudar prematuramente a política e tomar uma decisão precipitada para atingir uma inflação de 2% é extremamente alto", disse Ueda. "É apropriado levar tempo julgando (quando) ajustar a política ultrafrouxa em direção a uma saída futura."
Ueda ofereceu poucas pistas sobre quando o banco central poderá contemplar o ajuste da política monetária.
"O momento pode chegar mais cedo do que o esperado ou mais tarde", dependendo de como as incertezas econômicas se desenrolarem, disse ele, quando questionado sobre a chance de a inflação atingir 2% de forma sustentável até o final deste ano.
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