Biden e McCarthy buscam fechar acordo para teto da dívida dos EUA por 2 anos
Por Richard Cowan e Andy Sullivan e Jarrett Renshaw
WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca e republicanos do Congresso estão dando os retoques finais, nesta sexta-feira, em um acordo que aumentará o teto da dívida de 31,4 trilhões de dólares do governo dos Estados Unidos por dois anos, limitando os gastos em tudo, exceto militares e veteranos, de acordo com uma autoridade norte-americana.
Os negociadores do presidente democrata Joe Biden e do presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, pareciam estar perto de um acordo na quinta-feira, quando os dois lados chegaram a um acerto sobre questões-chave, como limites de gastos e financiamento para a receita federal (IRS, na sigla em inglês) e os militares.
No entanto, itens que incluem requisitos de trabalho para beneficiários de ajuda federal ainda estavam atrasando o acordo, segundo a autoridade.
O acordo em consideração aumentaria o financiamento para gastos discricionários com militares e veteranos, mantendo essencialmente os gastos discricionários não relacionados à defesa nos níveis do ano atual, disse a fonte, que pediu anonimato porque não está autorizada a falar sobre discussões internas.
A Casa Branca está considerando reduzir seu plano de aumentar o financiamento do IRS para contratar mais auditores e visar norte-americanos ricos, afirmou a autoridade.
O financiamento de defesa e relacionado a veteranos corresponde ao orçamento de Biden divulgado neste ano, disse uma segunda autoridade dos EUA.
O acordo deixaria muitos detalhes a serem resolvidos nas próximas semanas e meses.
Cada um terá que persuadir um número suficiente de membros de seu partido no Congresso estreitamente dividido a votar em qualquer acordo final, o que não é pouca coisa com os republicanos de extrema-direita dizendo que não apoiariam nenhum acordo sem cortes de gastos radicais e democratas progressistas resistindo a novos requisitos de trabalho em programas de combate à pobreza.
"A única maneira de avançar é com um acordo bipartidário. E acredito que chegaremos a um acordo que nos permita avançar e que proteja os trabalhadores americanos deste país", disse Biden na quinta-feira.
Um dos negociadores republicanos, o deputado Patrick McHenry, afirmou que os dois lados expressaram suas preocupações e são muito bem compreendidos.
"É por isso que ainda estamos aqui na 11ª hora lutando por coisas sérias de consequências sérias", disse ele a repórteres na quinta-feira.
Uma coisa que aumentou a complexidade é que não está claro quanto tempo os parlamentares têm para agir. O Departamento do Tesouro avisou que poderia não conseguir cobrir todas as suas obrigações em 1º de junho, mas na quinta-feira disse que venderia 119 bilhões de dólares em dívidas com vencimento naquela data, sugerindo a alguns observadores do mercado que não era um prazo rígido.
A maioria dos parlamentares deixou Washington para o feriado do Memorial Day, mas seus líderes os alertaram para estarem prontos para voltar para as votações quando um acordo for fechado.
Os programas de saúde e aposentadoria em rápido crescimento não seriam afetados, embora a projeção seja de que eles aumentem os níveis de dívida dos EUA nos próximos anos.
O impasse tem preocupado os investidores, elevando os custos dos empréstimos do governo em 80 milhões de dólares até agora, de acordo com o subsecretário do Tesouro, Wally Adeyemo.
((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447723))
REUTERS LB
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso do UOL.