China pode cortar juros ainda mais no 2º semestre, diz pesquisador do governo
PEQUIM (Reuters) - A China deve reduzir ainda mais as taxas de compulsório dos bancos e de juros no segundo semestre deste ano para sustentar a economia, informou o China Securities Journal nesta terça-feira, citando assessores de política econômica e economistas.
A economia da China se recuperou mais rápido do que o esperado no primeiro trimestre, mas perdeu força no início do segundo. A economia enfrenta uma taxa de desemprego alta, um mercado imobiliário lento e tensões geopolíticas crescentes.
Zhang Ming, pesquisador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, um importante centro de estudos do governo, disse ao jornal estatal que as baixas pressões inflacionárias na China abrirão espaço para o afrouxamento monetário.
A China pode considerar novos cortes nos juros e direcionar os cortes na taxa de compulsório para reduzir os custos dos empréstimos, disse Zhang.
Li Chao, economista-chefe do Zheshang Securities, também espera possíveis cortes nos juros e no compulsório no segundo semestre deste ano, disse a matéria. Ele espera que o Federal Reserve possa entrar no ciclo de corte de juros no quarto trimestre, dando mais espaço para Pequim afrouxar a política monetária.
A China cortou o compulsório em março pela primeira vez em 2023, mas manteve sua taxa de empréstimo de referência inalterada este ano, já que o aumento dos diferenciais de rendimento com os Estados Unidos limitou o escopo para um afrouxamento monetário substancial.
(Reportagem de Ziyi Tang e Ryan Woo)
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