Governo repudia novo ataque a tiros em Terra Yanomami
BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal lamentou em nota nesta terça-feira ataque a tiros ocorrido na véspera na Terra Indígena Yanomami, e disse trabalhar para a identificação e responsabilização dos envolvidos.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o ataque deixou cinco feridos e uma criança morta. A nota do governo não confirma a morte da criança, mas informa que as ações de assistência aos indígenas feridos envolvem os ministérios da Saúde, dos Povos Indígenas, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, da Defesa, e da Justiça e Segurança Pública, entre outros.
"O governo federal lamenta o ato violento e se solidariza com a comunidade indígena Parima, da Terra Indígena (TI) Yanomami, após o ataque a tiros ocorrido na noite da última segunda-feira, em Roraima. O governo federal tem atuado para que os envolvidos sejam identificados e responsabilizados", diz a nota.
"O governo federal reitera o compromisso de reestruturar as políticas voltadas à promoção e proteção dos direitos dos povos indígenas, como saúde indígena, segurança alimentar e proteção territorial na TI Yanomami", informa a nota.
Logo após tomar posse, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou emergência de saúde para os yanomami e colocou por em prática uma operação de desintrusão da Terra Indígena Yanomami -- a maior reserva indígena do país -- devido a uma crise humanitária atribuída à presença de milhares de garimpeiros ilegais na região.
O garimpo figura como um problema antigo na região onde vivem os yanomami. Quando a reserva yanomami foi demarcada e reconhecida pelo governo em 1992, em Roraima, autoridades montaram uma operação para expulsar milhares de garimpeiros.
Eles voltaram à área em números expressivos sob o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que defendia a mineração em terras indígenas e cuja gestão fechou os olhos para invasões de reservas por garimpeiros e madeireiros ilegais.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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