Minério de ferro cai com preocupações de demanda e espera por estímulos na China
Por Enrico Dela Cruz
(Reuters) - Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura caíram nesta sexta-feira, tendo sido negociados em uma faixa estreita esta semana, conforme traders avaliam as perspectivas de demanda enquanto ponderam o quão amplas seriam as medidas de estímulo econômico esperadas na China.
O contrato de minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com queda de 1,9%, a 812,50 iuanes (112,16 dólares) por tonelada métrica.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato de agosto de referência do ingrediente siderúrgico caiu 1,8%, para 108,10 dólares por tonelada métrica, depois de negociar praticamente estável no início da sessão.
Os mercados esperam que a China, maior produtora de aço e consumidora de metais do mundo, revele um pacote de estímulo para apoiar sua recuperação econômica pós-pandemia após uma reunião do departamento político do Partido Comunista no final deste mês.
Analistas dizem que aguardam para ver até onde Pequim está disposta a ir para apoiar o setor imobiliário doméstico em dificuldades.
"É improvável que as autoridades chinesas forneçam um estímulo 'big bang' visando infraestrutura e propriedades, como muitos parecem pensar", disse Justin Smirk, economista sênior da Westpac.
"Esperamos ver uma abordagem multifacetada, mas passiva, focada em incentivar compradores e investidores de imóveis; antecipar e apoiar o investimento em infraestrutura; com alguns incentivos modestos para estimular o consumo das famílias."
A crescente oferta de minério de ferro dos principais exportadores mundiais, Austrália e Brasil, também está reduzindo os preços, disseram analistas.
"Continuamos cautelosos com o preço do minério de ferro, pois esperamos que a demanda fique estável ao longo deste ano, enquanto a oferta deve aumentar", disse Smirk no cenário mensal da Westpac, projetando o preço em torno de 100 dólares a tonelada até o final de 2023.
(Reportagem de Enrico Dela Cruz em Manila)
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