Votação do arcabouço fiscal deve ficar para agosto, diz Alckmin
(Reuters) -O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira que a nova votação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados deve ficar para depois do recesso parlamentar, em agosto.
"A questão do arcabouço fiscal deve ser votada depois do recesso, em agosto, trazendo mais segurança na questão fiscal", afirmou Alckmin em evento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
O arcabouço fiscal foi aprovado pela Câmara em maio, mas precisa passar por uma nova análise dos deputados após ter sido modificado no Senado.
Mais cedo, no entanto, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse em entrevista coletiva que se reunirá com os líderes da Casa para tentar viabilizar a votação do marco fiscal e do Carf ainda nesta sexta.
Os parlamentares precisariam votar primeiro o projeto que recria o voto de qualidade no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) em caso de empates nas decisões do colegiado, que está trancando a pauta.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta manhã que o governo federal também está trabalhando com os líderes da Câmara para tentar votar o arcabouço fiscal mais tarde.
Alckmin ainda comentou sobre o projeto da reforma tributária, aprovado em dois turnos na Câmara na madrugada, afirmando que ela vai estimular a exportação e fazer justiça ao setor industrial.
"A reforma tributária vai estimular exportação, porque tira cumulatividade, desonerar completamente investimentos e fará justiça ao setor industrial, que é super tributado", disse.
Ele também chamou de "sucesso" o programa do governo que, a partir de medida provisória assinada no mês passado, promoveu crédito tributário para incentivar a compra de carros populares, ônibus e caminhões.
"O presidente Lula teve muita sensibilidade social em relação ao emprego e à industria... esse estímulo (foi) transitório, mas necessário nesse momento", acrescentou.
(Por Patricia Vilas BoasEdição de Luana Maria Benedito)
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