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Saúde corporativa global reacende alerta com temores de desaceleração

04/08/2023 16h09

LONDRES (Reuters) - Dois alertas de saúde econômica e corporativa foram emitidos nesta sexta-feira, quando o grupo de transporte marítimo Maersk relatou uma queda na demanda global por contêineres marítimos e a gigante de publicidade WPP disse que seus clientes no setor de tecnologia dos Estados Unidos estão reduzindo seus gastos com marketing.

A A.P. Moller-Maersk reduziu sua estimativa para o comércio global de contêineres este ano, à medida que as empresas reduzem os estoques, assim como taxas de juros mais altas e riscos de recessão na Europa e nos Estados Unidos prejudicam o crescimento econômico global.

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A empresa, uma das maiores transportadoras de contêineres do mundo, disse que espera que os volumes de contêineres caiam até 4%. Anteriormente, a companhia havia previsto um declínio de não mais de 2,5%.

A Maersk controla cerca de um sexto do comércio global de contêineres, transportando mercadorias para varejistas e empresas de consumo, como o Walmart, Nike e Unilever.

O WPP, maior grupo de publicidade do mundo, alertou que os clientes de tecnologia reduziram os gastos no segundo trimestre nos Estados Unidos, o que o presidente-executivo Mark Read disse ter pego a empresa de surpresa.

"Os gastos vão aumentar depois de um período de tempo, mas acho que estamos nervosos pelo resto do ano porque não podemos ter clareza total sobre quando isso vai acontecer", disse ele à Reuters.

O recuo nos gastos levou o WPP a seguir o rival Interpublic -- que no mês passado também citou os clientes de tecnologia cortando orçamentos de marketing -- ao reduzir sua previsão de crescimento para este ano, de 3% a 5% para 1,5% a 3,0%.

Analistas disseram que a notícia reflete cautela entre as empresas que estão lutando com custos de empréstimos mais altos e a restrição do orçamento de consumidores em meio à crise do custo de vida.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse na semana passada que espera que o crescimento econômico global desacelere este ano, liderado pelas economias avançadas, mesmo com a queda dos preços dos alimentos e a contenção da turbulência bancária de março.

A instituição espera que o crescimento global desacelere para 3% neste e no próximo ano, de 3,5% no ano passado.

(Reportagem das redações da Reuters)

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