Tesouro dos EUA apoia aumento em recursos de cotas do FMI

Por David Lawder

WASHINGTON (Reuters) - O Tesouro dos EUA pressionará por um aumento geral nos recursos de cotas do Fundo Monetário Internacional este ano, que seria distribuído uniformemente entre os membros da instituição, disse nesta quinta-feira o principal diplomata econômico do órgão.

Jay Shambaugh, subsecretário do Tesouro para assuntos internacionais, afirmou antes do encontro dos líderes do G20 na Índia que o órgão também pressiona para reforçar o Poverty Reduction and Growth Trust, o fundo do FMI para os países mais pobres do mundo.

“Estamos assumindo o compromisso de reinvestir no FMI”, disse Shambaugh em um evento do Centro para o Desenvolvimento Global. "Este ano, apoiaremos um aumento nas quotas -- para um aumento amplo em todos os membros -- com o objetivo de fortalecer o FMI como uma instituição acionista no centro da rede de segurança financeira global."

Shambaugh disse que os EUA apoiam um aumento "equiproporcional" nas quotas, ao mesmo tempo em que haverá a redução da dependência do FMI de recursos emprestados. Quotas maiores também significariam aumentos nos recursos aos quais os países membros poderiam acessar.

O FMI pretende concluir uma revisão de seus recursos de quotas -- que constituem a maior parte do seu poder de fogo total de 1 bilião de dólares -- até 15 de dezembro. A instituição procura "progressos consideráveis" até as reuniões anuais do FMI em Marrocos, em outubro.

Os EUA também defenderão mudanças na fórmula das quotas para torná-la mais reflexiva da economia global, dando maior peso às economias dinâmicas de mercados emergentes, disse Shambaugh.

Entre os maiores vencedores deste processo estariam a China, a Índia e o Brasil. Sem nomeá-los, Shambaugh disse que uma parte importante desse processo seria garantir que os países "que veriam e aumentariam a sua participação respeitem os papéis e normas do FMI e trabalhem para fortalecer o sistema monetário internacional".

(Reportagem de David Lawder)

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