Dólar fecha dia perto da estabilidade, mas sobe 1,26% na semana
Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista fechou a sexta-feira perto da estabilidade ante o real, com leve viés de baixa, em um dia de correção após o forte avanço da véspera e sob influência do otimismo com a economia da China e de dados ruins da atividade das empresas nos Estados Unidos.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9328 reais na venda, em baixa de 0,06%. Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 1,26%.
Na B3, às 17:24 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,08%, a 4,9375 reais.
Na quinta-feira, o dólar à vista avançou mais de 1% ante o real, na terceira sessão consecutiva de ganhos, com investidores repercutindo sinalização dura com a inflação do Federal Reserve e a perspectiva de juros altos por mais tempo nos EUA.
Nesta sexta-feira, o dólar sustentou perdas maiores ante o real no período da manhã, com alguns investidores realizando os lucros mais recentes. Além disso, as notícias que vieram da China foram positivas. Os contratos futuros de minério de ferro -- importante produto de exportação brasileiro -- subiram, em meio a relatos de medidas de apoio da China às empresas.
“Os incentivos na China influenciaram o câmbio de novo. Essa história beneficiou as commodities, que por sua vez beneficiam moedas ligadas a commodities, como o real brasileiro”, pontuou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.
Nos EUA, dados da atividade industrial divulgados pela manhã pesaram sobre o dólar, o que também se refletiu nas cotações no Brasil.
A S&P Global informou que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto preliminar para os EUA, que acompanha os setores industrial e de serviços, caiu para 50,1 em setembro, em comparação com leitura final de 50,2 em agosto. O resultado de setembro ficou ligeiramente acima do nível 50 que separa expansão e contração.
Neste cenário, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 4,9041 reais (-0,64%) às 11h04. Durante a tarde, a divisa retomou o fôlego e se reaproximou da estabilidade, marcando a máxima de 4,9346 reais (-0,02%) às 16h53.
No fim da tarde, o dólar também se recuperou no exterior ante outras divisas fortes e em relação a algumas moedas de emergentes ou exportadores de commodities.
Às 17:24 (de Brasília), o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,21%, a 105,610.
Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de novembro.
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