Pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA aumentam mais do que o esperado
WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou mais do que o esperado na semana passada, sugerindo que as condições do mercado de trabalho continuaram a arrefecer, o que poderia ajudar na luta do Federal Reserve contra a inflação.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 13.000 na semana encerrada em 11 de novembro, para 231.000 em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 220.000 pedidos para a última semana.
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O mercado de trabalho está esfriando à medida que a taxa de juros mais alta reduz a demanda. O crescimento do emprego desacelerou em outubro e a taxa de desemprego subiu para 3,9%, o nível mais alto desde janeiro de 2022. Com 1,5 vaga de emprego para cada pessoa desempregada em setembro, as condições continuam bastante apertadas.
Economistas do Goldman Sachs disseram que não acreditam que o aumento da taxa de desemprego no mês passado seja um mau presságio, observando que a alta desde abril foi totalmente decorrente de uma expansão no tamanho da força de trabalho, e não de um declínio no emprego.
O afrouxamento das condições do mercado de trabalho, juntamente com a diminuição da inflação e o arrefecimento dos gastos dos consumidores, reforçaram as expectativas de que o ciclo de aperto da política monetária pelo Fed está concluído.
Os mercados financeiros estão até mesmo prevendo um corte na taxa de juros em maio próximo, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group. Desde março de 2022, o Fed aumentou sua taxa básica de juros em 525 pontos-base, para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.
(Reportagem de Lucia Mutikani)