Minério de ferro fecha 3ª semana consecutiva com ganhos por melhora da demanda da China
PEQUIM (Reuters) - Os contratos futuros do minério de ferro caminhavam para fechar a terceira semana consecutiva de alta após uma ampla consolidação dos preços nesta sexta-feira, com a melhora da demanda na China, principal mercado consumidor do minério, contrapondo-se aos estoques mais altos nos portos.
O contrato mais negociado de setembro do minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China recuperou as perdas registradas mais cedo e encerrou as negociações do dia com alta de 0,06%, a 884,5 iuanes (122,07 dólares) a tonelada.
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O minério de ferro de maio, referência na Bolsa de Cingapura, subia 0,13%, a 118,45 dólares a tonelada.
O contrato de Dalian registrou um ganho semanal de 2% e o índice de referência de Cingapura subiu 1,7% até o momento, impulsionados pela melhora na demanda e pelas esperanças de estímulos.
O aumento persistente dos estoques nos portos alimentou a cautela entre os investidores, especialmente porque se espera que o consumo de aço em maio diminua com a chegada da estação chuvosa nas regiões do sul, disseram os analistas.
Os estoques de minério de ferro nos principais portos aumentaram 1,4% na semana, para 147,59 milhões de toneladas em 26 de abril, o maior volume desde abril de 2022, mostraram dados da consultoria Mysteel.
Enquanto isso, a produção média diária de metal quente entre as usinas pesquisadas pela Mysteel cresceu pela quarta semana consecutiva, aumentando 1,1% para 2,29 milhões de toneladas -- a maior desde dezembro de 2023.
"Esperamos que os preços se consolidem ainda mais antes do feriado do Primeiro de Maio, mas eles podem sofrer pressão de baixa se a demanda de aço do setor de construção não atender às expectativas após o feriado", disse Chu Xinli, analista da China Futures, com sede em Xangai.
O aumento dos preços do minério, juntamente com os preços mais altos do coque, prejudicam a competitividade dos custos da matéria-prima da siderurgia, disseram os analistas da Hongyuan Futures em uma nota.
(Reportagem de Amy Lv e Andrew Hayley)