Acionistas da TotalEnergies apoiam CEO, mas suporte cai com estratégia climática
Por America Hernandez e Benjamin Mallet
PARIS (Reuters) - Acionistas da TotalEnergies, uma das maiores empresas francesas de petróleo e gás, apoiaram amplamente a estratégia da empresa e de seu presidente-executivo nesta sexta-feira, mas este apoio enfraqueceu desde o ano passado, com alguns investidores chamando a atenção para sua resposta insuficiente às mudanças climáticas.
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O relatório de progresso da empresa sobre suas metas de sustentabilidade e clima para 2030 foi aprovado por 79,7% dos acionistas, em comparação com 88,8% dos votos no ano passado.
Mais de 75% dos acionistas também votaram para que o presidente-executivo Patrick Pouyanne continue com outro mandato de três anos no conselho, um pouco abaixo dos 77,4% em 2021.
O conselho, reunido no final da reunião geral de acionistas, reconduziu Pouyanne como presidente-executivo durante todo o seu mandato no conselho.
Ativistas do Greenpeace escalaram um prédio próximo à sede da empresa, no oeste de Paris, nesta sexta-feira, e exibiram uma faixa com uma foto grande de Pouyanne sob o título "procura-se".
Nos últimos anos, ativistas e investidores com foco no clima aumentaram a pressão sobre as principais empresas de petróleo e gás do mundo, frequentemente inviabilizando reuniões de acionistas.
Acionistas reclamaram da exploração contínua de petróleo e gás pela empresa, e um membro do grupo de ação climática juvenil Fridays For Future descreveu a decisão de construir um gasoduto em Uganda e Tanzânia como um "caminho assassino".
"Estamos tentando encontrar um equilíbrio entre a vida de hoje e a de amanhã. Não é porque a TotalEnergies parou de produzir hidrocarbonetos que a demanda por eles desaparecerá", respondeu Pouyanne.