Boeing afirma que não violou acordo com EUA após acidentes com 737 MAX, diz fonte

(Reuters) - A Boeing disse ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos que não violou um acordo para adiar um possível processo após acidentes fatais envolvendo o 737 MAX, disse uma fonte familiarizada com o assunto à Reuters na quarta-feira.

A fabricante de aviões estava respondendo a uma determinação do Departamento de Justiça, em maio, de que a Boeing violou um acordo de adiamento de 2021. O acordo protegeu a empresa de uma acusação criminal decorrente de acidentes fatais em 2018 e 2019 que mataram 346 pessoas.

"Recusaremos comentar sobre quaisquer comunicações específicas com o Departamento de Justiça, no entanto, continuamos a nos envolver de forma transparente com o departamento, como fizemos durante todo o período do acordo", disse um porta-voz da Boeing à Reuters.

O Departamento de Justiça não respondeu imediatamente a pedido de comentário da Reuters.

O Departamento de Justiça descobriu em maio que a Boeing não havia "projetado, implementado e aplicado um programa de conformidade e ética para prevenir e detectar violações das leis de fraude dos EUA em todas as suas operações", de acordo com um processo judicial.

No entanto, a Reuters informou neste mês que é improvável que os executivos da Boeing sejam acusados criminalmente pelos acidentes fatais.

Os promotores têm até 7 de julho para informar a um juiz federal do Texas sobre seus planos, que podem incluir o prosseguimento de um processo criminal e a negociação de um acordo com a Boeing, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto, com os registros do tribunal e com a correspondência analisada pela Reuters.

Se não houver um processo, o Departamento de Justiça também poderá estender o acordo por um ano.

A Boeing havia dito anteriormente que acredita ter "honrado os termos do acordo" e espera responder ao Departamento de Justiça.

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(Por David Shepardson e Nilutpal Timsina)

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