África propõe chefe da OMC para segundo mandato, mostra documento

Por Emma Farge

GENEBRA (Reuters) - O Grupo Africano da Organização Mundial do Comércio (OMC) pediu à chefe da entidade, Ngozi Okonjo-Iweala, para concorrer a um segundo mandato como líder do órgão de fiscalização do comércio global, segundo um documento divulgado nesta sexta-feira.

Okonjo-Iweala, ex-ministra das Finanças da Nigéria, fez história ao se tornar a primeira mulher e chefe africana do órgão em 2021. Seu mandato termina formalmente em agosto de 2025 e ela ainda não comentou publicamente sobre seus planos.

"O Grupo Africano é da opinião de que seria do melhor interesse da organização se o processo de renomeação começasse cedo", de acordo com o documento enviado pelo Chade, pedindo a Okonjo-Iweala que se coloque à disposição para ser renomeada.

O documento cita a necessidade de progredir nos resultados de seu mandato antes da próxima grande reunião ministerial, que será realizada em Camarões.

De acordo com as regras da OMC, Okonjo-Iweala, de 70 anos, tem até o final de novembro para decidir se deseja se candidatar.

Alguns delegados da OMC têm especulado que ela pode querer evitar um segundo mandato se o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, o ex-presindente Donald Trump, vencer o pleito em novembro, uma vez que seu governo se opôs à sua nomeação.

Okonjo-Iweala também já expressou anteriormente sua preocupação com o fato de que algumas das propostas de Trump poderiam abalar o sistema de comércio global.

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