Demanda por viagens aéreas está normalizando depois de boom pós-Covid, dizem executivos

Por Joanna Plucinska

FARNBOROUGH, Inglaterra (Reuters) - A demanda por viagens aéreas tem se normalizado depois do boom após a pandemia, com passageiros evitando passagens a preços mais altos, disseram executivos de companhias aéreas durante a feira de aviação de Farnborough, na Inglaterra, nesta segunda-feira.

Guliz Ozturk, presidente-executiva da Pegasus Airlines, disse que a companhia aérea espera que os yields - uma medida do preço médio pago por quilômetro por cada passageiro - fiquem estáveis, já que os clientes estão "voltando ao normal".

"Começamos a ver a normalização da demanda. O que isso significa? Quero dizer que a demanda existe, mas agora os viajantes estão procurando, como antes da pandemia, o preço mais acessível, o mais baixo, o melhor preço para suas viagens", disse ela.

O presidente-executivo da Air India, Campbell Wilson, disse que espera que o mercado internacional fique moderado nos próximos seis meses, enquanto o presidente-executivo da IAG, proprietária da BA, Luis Gallego, disse que as viagens a negócios ainda estão se recuperando da época da pandemia, quando pararam quase completamente com as fronteiras fechadas.

Os comentários foram feitos depois que a Ryanair informou nesta segunda-feira uma queda maior do que a esperada no lucro trimestral, uma vez que os preços das passagens caíram 15%, com a empresa dizendo que os valores continuam deteriorando.

Algumas companhias aéreas europeias divulgaram resultados mais fracos do que o esperado para o primeiro trimestre, e suas dificuldades com os custos também devem ser transferidas para os resultados do segundo trimestre. A Lufthansa cortou a meta de lucro pela segunda vez no ano neste mês.

Gallego disse que a demanda ainda é forte para voos dentro da Europa, mas os yields estão sob pressão, o que se refletiu nos resultados da Ryanair.

Os executivos ainda lamentaram os contínuos atrasos nas entregas de aviões por parte de Airbus e Boeing, bem como as restrições na cadeia de suprimentos.

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Os espaços de produção das duas empresas estão lotados há muitos anos, resultando em longos períodos de espera para as companhias aéreas que desejam substituir e aumentar suas frotas.

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