Deputada estadual mineira Macaé Evaristo vai assumir Ministério dos Direitos Humanos

(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira que convidou a deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG) para o cargo de ministra dos Direitos Humanos e Cidadania.

Segundo o presidente, a parlamentar aceitou o convite para assumir a pasta, simbólica para os movimentos de esquerda e progressistas. Ela substituirá Silvio Almeida, demitido do cargo na última sexta-feira após ser alvo de denúncias de assédio sexual.

"Hoje convidei a deputada estadual Macaé Evaristo para assumir o ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Ela aceitou. Assinarei em breve sua nomeação. Seja bem-vinda e um ótimo trabalho", anunciou o presidente em seu perfil no Instagram.

A nomeação de Evaristo será publicada em edição extra do Diário Oficial da União ainda nesta segunda-feira, informou o Planalto.

A deputada petista de 59 anos é professora desde os 19 anos, graduada em Serviço Social, mestre e doutoranda em Educação, e já chefiou as pastas de educação municipal e estadual.

Biografia publicada em página da Assembleia Legislativa de Minas Gerais afirma que a parlamentar "tem orgulho de sua ancestralidade e pretende seguir lutando contra o racismo estrutural e a favor de políticas públicas voltadas à diversidade e à inclusão das mulheres e das minorias".

Silvio Almeida deixou o cargo na última sexta após ser acusado de assédio sexual por diversas mulheres -- uma das vítimas teria sido a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A ministra havia confirmado as denúncias, feitas inicialmente à ONG Me Too, a membros do governo.

Após o anúncio da demissão, Almeida divulgou nota em que pede respeito à sua privacidade e afirma que vai contribuir com as apurações, afirmando que a saída do cargo "será uma oportunidade para que eu prove a minha inocência e me reconstrua".

Mais tarde, o Planalto informou que Lula havia nomeado a ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, para exercer interinamente, e de forma cumulativa, o comando da pasta dos Direitos Humanos.

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(Reportagem de Gabriel Araújo e Maria Carolina Marcello)

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