Petróleo cai 2% com menor risco de furacões e estímulo fraco da China
Por Shariq Khan
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo recuaram mais de 2% nesta sexta-feira, com traders menos temerosos de interrupções prolongadas na oferta por causa de um furacão no Golfo do México, nos Estados Unidos, enquanto os últimos pacotes de estímulo econômico da China não conseguiram impressionar alguns traders de petróleo.
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Os contratos futuros WTI dos EUA lideraram o declínio e fecharam em 70,35 dólares por barril, queda de 2,7%, ou 1,98 dólar. Os futuros do Brent, referência global, caíram 2,3%, ou 1,76 dólar, para 73,87 dólares por barril.
Os produtores de energia interromperam mais de 23% da produção de petróleo no Golfo do México, nos EUA, até sexta-feira, em preparação para o furacão Rafael. No entanto, as previsões mais recentes sobre a trajetória e intensidade reduziram os riscos que o furacão representa para a produção de petróleo.
"Os riscos de interrupções no fornecimento devido ao furacão Rafael estão diminuindo, à medida que a tempestade passa a circular no centro do Golfo do México nos próximos cinco dias ou mais", afirmou Alex Hodes, analista da corretora StoneX, em nota enviada aos clientes.
A tempestade, que deixou um rastro de destruição em Cuba nesta semana, enfraqueceu para um furacão de categoria 2 nesta sexta-feira, de acordo com aviso mais recente do Centro Nacional de Furacões dos EUA.
Enquanto isso, a última rodada de apoio fiscal do principal importador de petróleo, a China, decepcionou os investidores em petróleo. As autoridades chinesas anunciaram um pacote de medidas para aliviar as dificuldades de pagamento de dívidas de governos locais, mas essas medidas pouco fazem para atingir diretamente a demanda, disse Giovanni Staunovo, analista do UBS.
"Acho que alguns participantes do mercado estavam esperando mais medidas de estímulo por parte da China", disse ele. "Por isso a decepção pesando sobre os preços hoje cedo."
(Reportagem de Shariq Khan em Nova York, Robert Harvey em Londres)