Déficit comercial dos EUA tem forte alta em dezembro com recorde de importações

WASHINGTON (Reuters) - O déficit comercial dos Estados Unidos aumentou acentuadamente em dezembro, uma vez que as importações subiram para um nível recorde em um cenário de ameaças tarifárias.

O déficit comercial aumentou 24,7%, para 98,4 bilhões de dólares, o maior desde março de 2022, de um valor revisado de 78,9 bilhões de dólares em novembro, informou o Departamento de Comércio nesta quarta-feira.

Economistas consultados pela Reuters previram que o déficit comercial subiria para 96,6 bilhões de dólares, ante 78,2 bilhões relatados anteriormente em novembro.

O presidente Donald Trump suspendeu na segunda-feira uma tarifa de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses até o próximo mês. Uma taxa adicional de 10% sobre os produtos da China entrou em vigor na terça-feira.

A Casa Branca disse que as tarifas são para "responsabilizar o México, o Canadá e a China por suas promessas de interromper a imigração ilegal e impedir que o fentanil e outras drogas entrem em nosso país".

As importações aumentaram 3,5%, atingindo o recorde histórico de 364,9 bilhões de dólares. As exportações caíram 2,6%, para 266,5 bilhões.

A estimativa do Produto Interno Bruto do governo para o quarto trimestre, publicada na semana passada, mostrou que o comércio teve um impacto surpreendentemente neutro sobre o PIB, depois de ter sido um empecilho por três trimestres consecutivos.

A economia cresceu a uma taxa anualizada de 2,3%, sendo que a maior parte do impacto negativo veio dos estoques, depois de expansão de 3,1% no trimestre de julho a setembro.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

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