Ibovespa avança com Santander Brasil e Embraer sob holofotes
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta quarta-feira, com os holofotes voltados para a Embraer, que recebeu uma encomenda recorde de jatos executivos, bem como Santander Brasil, que abriu a temporada de balanços dos bancos com resultado de quarto trimestre acima das previsões de analistas.
Por volta de 10h30, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,1%, a 125.275,14 pontos, com o fôlego atenuado pela alta nas taxas dos DIs, que pressionava ações sensíveis à economia doméstica, e pela queda do preço do petróleo, que enfraquecia Petrobras. O volume financeiro somava 1,24 bilhão de reais.
Investidores também continuam monitorando movimentos de Estados Unidos e China relacionados a protecionismo comercial, bem como novos dados da economia norte-americana mostrando uma criação de postos de trabalho no setor privado no primeiro mês do ano acima das previsões de analistas.
Em Wall Street, os futuros acionárias trabalhavam com sinal negativo, enquanto o rendimento dos Treasuries de 10 anos recuavam.
DESTAQUES
- EMBRAER ON saltava 7,43% após anunciar mais cedo que recebeu da norte-americana Flexjet o maior pedido de jatos executivos da história da fabricante brasileira de aeronaves, avaliado em até 7 bilhões de dólares. A encomenda envolve 182 jatos executivos e 30 opções. O modelo de negócio da Flexjet envolve o compartilhamento de uso de aviões.
- SANTANDER BRASIL UNIT avançava 4,16% após reportar também mais cedo lucro líquido gerencial de 3,85 bilhões de reais para o quarto trimestre de 2024, um salto de 74,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, acima das previsões de analistas. A margem financeira bruta cresceu 16% ano a ano e 4,9% em relação ao trimestre anterior, enquanto o retorno sobre o patrimônio médio (ROAE) ficou em 17,6%, de 12,3% no mesmo período de 2023 e 17% no terceiro trimestre de 2024.
- ITAÚ UNIBANCO PN valorizava-se 1,25% antes da divulgação do balanço do quarto trimestre e de 2024 após o fechamento do mercado. Estimativas compiladas pela LSEG apontam lucro 10,89 bilhões de reais para o maior banco do país em ativos nos últimos quatro meses do ano passado. Ainda no setor, BRADESCO PN subia 1,58%, com o resultado previsto pata a sexta-feira, enquanto BANCO DO BRASIL ON, que apresenta apenas no próximo dia 19, tinha elevação de 0,47%.
- VALE ON tinha variação positiva de 0,04%, apesar da fraqueza dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato de maio da bolsa de Dalian encerrou as negociações diurnas em baixa de 0,99%, após fechar de 28 de janeiro a 4 de fevereiro para os feriados do Ano Novo Lunar. Investidores seguem reocupados com as tensões comerciais entre os EUA e a China, mas problemas de transporte na Austrália Ocidental amorteceram a queda da commodity.
- PETROBRAS PN perdia 0,46% em meio ao declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent era negociado em baixa de 1,15%. No setor, PRIO ON perdia 0,41%, com agentes também analisando dados operacionais preliminares da companhia mostrando produção diária de 114,5 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em janeiro, enquanto as vendas de óleo totalizaram 3,6 milhões de barris no período.
- MAGAZINE LUIZA ON recuava 2,07% e MRV&CO ON era negociada em baixa de 2,54%, em sessão negativa para ações de empresas sensíveis a juros em meio ao avanço nas taxas dos contratos de DI. O índice do setor de consumo perdia 0,68% e o do setor imobiliário caía 0,88%.
- AZUL PN recuava 0,96% tendo no radar aumento de capital de entre 1,5 bilhão e 6,1 bilhões de reais mediante emissão de novas ações para entrega a credores da companhia, aprovado pelo conselho de administração da companhia aérea, condição de um plano de reestruturação financeira que vem sendo trabalhado pela empresa desde o ano passado. A Azul vai emitir entre 47 milhões e 191,1 milhões de ações ao preço de 32,09 reais por papel. A ação fechou a terça-feira valendo 4,17 reais.
- DASA ON, que não está no Ibovespa, avançava 5,56% após seu conselho de administração aprovar mudanças em relação à dívida líquida da Ímpar, uma joint-venture planejada com a Amil, que implicam a redução do endividamento líquido da companhia para 3,15 bilhões de reais.
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