Petróleo sobe quase 2% apesar dos temores de guerra comercial
Por Arathy Somasekhar
HOUSTON (Reuters) - Os preços do petróleo subiram quase 2% nesta segunda-feira, após três semanas consecutivas de perdas, embora os investidores seguissem preocupados com a possibilidade do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciar uma guerra comercial.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de US$1,21, ou 1,6%, a US$75,87 por barril, enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA subiu US$1,32, ou 1,9%, para US$72,32.
Os ganhos vieram após os futuros caírem 2,8% na semana passada, pressionados por preocupações com o comércio global.
"A incerteza sobre tarifas é o que dita o jogo. Isso afeta o apetite por risco de forma geral e tem efeitos colaterais no petróleo", disse Harry Tchilinguiran, da Onyx Capital. "Após as quedas da semana passada, algumas pessoas podem estar comprando na baixa."
Trump deve assinar um decreto sobre tarifas ainda nesta segunda ou terça-feira, segundo uma fonte familiarizada com a situação, em um movimento que pode aumentar o risco de uma guerra comercial em várias frentes. Os principais índices de Wall Street fecharam em alta nesta segunda-feira.
Há uma semana, Trump anunciou tarifas sobre Canadá, México e China, mas suspendeu as tarifas contra os países vizinhos no dia seguinte.
Tarifas podem prejudicar o crescimento econômico global e a demanda por energia.
A China impôs tarifas retaliatórias sobre algumas exportações norte-americanas que devem entrar em vigor nesta segunda-feira, sem ainda qualquer sinal de progresso nas negociações entre Pequim e Washington.
Também impulsionando os preços estava a possibilidade de o serviço antimonopólio da Rússia probir por um mês as exportações de gasolina por grandes produtores, a fim de estabilizar os preços no atacado, disse a agência estatal TASS na sexta-feira.
"A oferta mais restrita de petróleo bruto e gasolina exportados da Rússia fez os preços do petróleo bruto do Oriente Médio subirem no início dos negócios de hoje", disse Dennis Kissler, vice-presidente sênior de negociações da BOK Financial.
(Por Anna Hirtenstein; reportagem adicional de Florence Tan e Paul Carsten)
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.