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Governo argentino descarta acusação de propina em divulgação de criptomoeda

Milei divulgou cripto e logo depois apagou publicação Imagem: Casa Rosada

Da Reuters

18/02/2025 14h36

O porta-voz da Presidência da Argentina, Manuel Adorni, disse nesta terça-feira (18) que era "insultante" especular que propinas estariam envolvidas no caso do presidente libertário Javier Milei, que promoveu uma criptomoeda que caiu rapidamente.

Milei recomendou a criptomoeda pouco conhecida $LIBRA na sexta-feira (14) em uma publicação no X, mas depois excluiu a publicação e negou ter qualquer vínculo com a criptomoeda.

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"Entendemos que não houve nenhuma atitude que contrariasse a ética pública", disse Adorni em uma coletiva de imprensa, afirmando que não havia planos de demitir nenhum funcionário por irregularidades.

Um juiz federal está investigando o envolvimento de Milei no que a câmara de finanças disse que pode ter sido um golpe de "rug pull" (puxada de tapete).

Um "rug pull" é um golpe no qual os patrocinadores de uma moeda atraem vários investidores, fazendo com que o valor da criptomoeda aumente, e depois retiram rapidamente seus fundos, deixando os investidores com tokens sem valor.

O escândalo atingiu o setor financeiro da Argentina, fazendo com que o índice de risco, acompanhado de perto, caísse 27 unidades, para 701 pontos-base, e fazendo com que o principal índice acionário S&P Merval caísse na segunda-feira, embora tenha se recuperado nesta terça-feira, sendo negociado com alta de mais de 6%.

Enquanto isso, a dívida soberana no mercado de balcão enfraqueceu cerca de 0,5% em média.

"O escândalo da $LIBRA abalou o mundo e criou muito burburinho", disse o analista financeiro Miguel Boggiano.

Na segunda-feira, o ministro da Economia, Luis Caputo, disse à mídia local que não houve "nenhuma fraude, nenhum crime, nenhuma corrupção" e descartou que o escândalo afetasse as negociações com o FMI, que, segundo ele, estavam "no caminho certo".

Milei deve viajar para Washington na quarta-feira e se reunir com a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, na quinta-feira (20).

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