Dólar sobe pela 2ª sessão consecutiva e supera os R$5,75

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - Em um dia sem gatilhos para o mercado de câmbio, o dólar oscilou em margens estreitas nesta segunda-feira e fechou pela segunda sessão consecutiva em alta ante o real, com o mercado de olho no exterior e à espera de dados econômicos previstos para o restante da semana.

O dólar à vista fechou em alta de 0,42%, aos R$5,7546. Em 2025 a moeda norte-americana acumula queda de 6,87%.

Às 17h08 na B3 o dólar para março -- atualmente o mais líquido -- subia 0,40%, aos R$5,7630.

Pela manhã a moeda norte-americana chegou a oscilar no território negativo, com agentes aproveitando cotações mais elevadas -- acima de R$5,70 -- para vender divisas. Às 9h09, logo após a abertura, o dólar à vista marcou a cotação mínima de R$5,7078 (-0,39%).

“No início do dia houve um fluxo (de venda de dólares) de exportador. Agora ele tenta acompanhar a valorização de algumas moedas commodities no exterior, que estavam ganhando mais cedo do dólar”, comentou no início da tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, quando as cotações estavam próximas da estabilidade no Brasil.

No restante da tarde, porém, o dólar à vista subiu gradativamente até ficar próximo do pico no fechamento. O movimento esteve em sintonia com a queda das ações na B3 e o avanço das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), em um dia de modo geral negativo para os ativos brasileiros.

Operador ouvido pela Reuters pontuou que a expectativa para o restante da semana, quando serão divulgados dados importantes da economia do Brasil e dos Estados Unidos, manteve certa cautela entre os agentes, que se traduziu na busca por dólares durante a tarde.

Na terça-feira saem dados de confiança do consumidor dos EUA e o IPCA-15 de fevereiro no Brasil -- dado considerado uma espécie de prévia para o índice oficial da inflação.

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Às 17h20, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,07%, a 106,610.

Pela manhã o Banco Central vendeu 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025.

(Por Fabrício de Castro)

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