Presidente da Caixa diz que mudança em saque do FGTS não afeta fundo para habitação
(Reuters) - O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, disse nesta quarta-feira que a mudança planejada pelo governo nas regras do saque-rescisão do FGTS não afetará o orçamento do fundo para habitação, segundo noticiado por jornais.
O governo está trabalhando para permitir o saque do saldo remanescente nas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de trabalhadores demitidos que aderiram ao saque-aniversário, o que atualmente não é permitido.
Os recursos relacionados à antecipação do saque, de acordo com o presidente da Caixa, já estavam provisionados e, do ponto de vista contábil, não seriam usados para financiamento imobiliário, segundo reportagens de Valor Econômico e O Globo.
Viera também acrescentou que estão "garantidos" ao menos R$200 bilhões em originação do crédito para a habitação em 2025, mas que o banco ainda está finalizando o "guidance" para o ano, segundo o Valor. Em 2024, foram contratados R$223,6 bilhões em crédito imobiliário, 20,6% maior que em 2023, um recorde.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse nesta quarta-feira que o governo publicará na sexta-feira medida provisória para liberação do saque do saldo remanescente nas contas do FGTS de optantes do saque-aniversário que foram demitidos. Serão disponibilizados R$12 bilhões no total, segundo o ministério.
A Caixa realizou nesta quarta-feira teleconferência de resultados, após divulgar na véspera lucro líquido de R$4,6 bilhões entre os meses de outubro a novembro do ano passado, aumento de 59,7% na comparação ano a ano.
O banco federal, que possui 67,2% de participação de mercado em financiamentos imobiliários totais, além de ser o principal operador do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), finalizou dezembro de 2024 com um saldo de R$832,1 bilhões na carteira de crédito imobiliário, alta de 13,5% ante dezembro de 2023.
(Reportagem de Patricia Vilas Boas, em São Paulo)
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