Fleury tem lucro dentro do esperado no 4º tri
Por Patricia Vilas Boas
SÃO PAULO (Reuters) - O Fleury registrou lucro líquido de R$84 milhões no quarto trimestre, praticamente em linha com o esperado pelo mercado e 3,3% acima do resultado de um ano antes, mostrou balanço do grupo de medicina diagnóstica nesta quinta-feira.
Analistas esperavam lucro de R$87 milhões para a companhia, segundo média de estimativas compiladas pela Lseg.
O Fleury, dono da marca homônima e de outros selos como a+, também anunciou a aprovação pelo conselho de administração da distribuição de R$254,1 milhões em dividendos aos acionistas.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou R$405,5 milhões no trimestre, crescimento de 7,9% ano a ano, com margem praticamente estável a 22%. O desempenho também veio próximo da expectativa média de analistas, de R$406,4 milhões, segundo dados da Lseg.
A receita líquida do Fleury nos três meses encerrados em dezembro subiu 7,9% na comparação com o mesmo período de 2023, para R$1,8 bilhão.
"O nosso destaque tem sido para o crescimento das nossas marcas, de uma maneira geral", disse à Reuters a presidente-executiva do Fleury, Jeane Tsutsui, ressaltando o crescimento de 9,5% na receita bruta da marca homônima, a principal do grupo.
A empresa anunciou em novembro passado a compra da rede de laboratórios de análises clínicas Confiance em Campinas (SP) e região, mas a conclusão da operação, avaliada em R$130 milhões, ainda precisa de aprovações precedentes, como a do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Esperamos que (a conclusão) seja em 2025", disse Tsutsui.
A alavancagem financeira medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda ficou em 1 vez ao final do quarto trimestre, estável ante o fim do terceiro trimestre e inferior ao patamar de 1,2 vez apurado em 2023.
Segundo o diretor financeiro, José Antonio Filippo, o patamar de alavancagem da empresa traz "tranquilidade" sobre potenciais M&As mesmo diante do nível elevado de juros no país.
"O fato de estarmos pouco alavancados nos permite ter, primeiramente, mais tranquilidade em termos de gestão da estrutura de capital da companhia", afirmou, não descartando eventual aquisição.
Filippo também acrescentou que há expectativa de manter um retorno aos acionistas mais elevado, conforme observado nos últimos anos, de 80% a 85% do lucro líquido do exercício.
"Nós temos distribuído níveis razoáveis. Em média, até agora, 85% (do lucro) dos últimos 3 anos. Esse ano, estamos recomendando 90%. Dadas as condições, mantendo os parâmetros de desempenho financeiro que nós temos expectativa de continuidade, é possível que a gente mantenha o 'payout' mais elevado."
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