Ibovespa tem queda leve com Petrobras e Vale; Eletrobras é destaque de alta

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa tinha um declínio modesto nesta sexta-feira, em dia de queda dos preços do petróleo e do minério de ferro no exterior, o que pesava sobre Petrobras e Vale, mas Eletrobras era destaque de alta após acordo com a União que abre espaço para o governo no conselho da companhia e desobriga investimentos em Angra 3.

Por volta de 11h, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,16%, a 124.599,51 pontos. O volume financeiro no pregão somava R$3 bilhões.

Nos Estados Unidos, dados mostraram queda inesperada nos gastos dos consumidores no primeiro mês do ano, mas o índice de preços de despesas com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) mostrou resiliência, com alta de 0,3%, o pode dar argumento para que o Federal Reserve adie o corte dos juros por algum tempo.

Em Nova York, os futuros acionários mostravam sinal positivo, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano recuavam.

DESTAQUES

- ELETROBRAS ON avançava 5,15% após acordo com a União para encerrar a ação no Supremo Tribunal Federal (STF) na qual o governo federal questionava seu limite de poder de voto na companhia elétrica. Pelo acordo fechado, o governo passará a ter representatividade em conselhos da empresa, enquanto a companhia deixará de ter obrigação de aportar recursos bilionários para a construção da usina nuclear de Angra 3 caso o projeto siga adiante.

- PETROBRAS PN era negociada em baixa de 1,04%, com agentes financeiros ainda digerindo os números divulgados pela companhia nessa semana, incluindo resultado trimestral, desembolsos com investimentos em 2024 e dividendos. No exterior, o barril de petróleo do tipo Brent, usado como referência pela estatal, caía 1,11%.

- VALE ON recuava 0,57%, acompanhando o declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian fechou em queda de 0,74%, para 799,5 iuanes (US$109,72) a tonelada.

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- FLEURY ON subia 4,68%, em meio ao resultado do último trimestre do ano passado, com lucro líquido de R$84 milhões, praticamente em linha com o esperado pelo mercado. O grupo também anunciou distribuição de R$254 milhões em dividendos.

- BRASKEM PNA cedia 2,79%, ampliando a sequência de quedas para nove pregões. Na madrugada de quinta-feira, a petroquímica divulgou prejuízo de US$967 milhões no quarto trimestre, três vezes acima do resultado negativo apurado no mesmo período de 2023. Em entrevista a jornalistas na véspera, o presidente da empresa disse que não vê uma recuperação desse ciclo de baixa da indústria petroquímica global nos próximos cinco anos e que por isso a empresa começou a se movimentar para enfrentar tal cenário.

- TOTVS ON recuava 1,9% após anunciar decisão de se retirar do processo para a aquisição da empresa de software Linx, controlada pela StoneCo. A companhia havia demonstrado interesse na compra da Linx no ano passado e informou repetidas vezes que avaliava uma proposta pelo ativo. A ação vinha de três altas seguidas, período em que acumulou uma valorização de mais de 4%.

- LOCALIZA ON caía 0,51%. A empresa de aluguel de carros e gestão de frotas publicou na noite da véspera que teve lucro líquido consolidado de R$837 milhões no quarto trimestre, alta de 18,7% ante o mesmo período de 2023. O grupo também anunciou manutenção da previsão de depreciação bruta anualizada para o primeiro trimestre de R$6.300 a R$7.300 por carro para a divisão de aluguel de R$6.800 a R$7.800 para gestão de frotas. O conselho de administração também aprovou R$1,68 bilhão em juros sobre capital próprio.

- ITAÚ UNIBANCO PN tinha variação positiva de 0,09%, em dia mais negativo no setor, com BANCO DO BRASIL ON perdendo x0,61%, BRADESCO PN caindo 0,78% e SANTANDER BRASIL UNIT cedendo 0,95%.

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