Revolut amplia oferta de serviços financeiros no Brasil

SÃO PAULO (Reuters) - A fintech britânica Revolut anunciou nesta sexta-feira que passou a disponibilizar transferências e pagamentos via Pix, cartões de débito e boleto como opções para pagamentos de contas para clientes no Brasil, ampliando seus serviços financeiros no país para além da sua conta global.

A Revolut, com mais de 50 milhões de clientes em todo mundo, passa agora a competir diretamente com bancos tradicionais e digitais no mercado brasileiro, como Itaú Unibanco, Santander, Nubank e Inter.

A plataforma fundada em 2015 no Reino Unido se popularizou pela sua oferta de conta multimoedas e cartão internacional, rivalizando atualmente com players como Wise e Nomad. A Revolut deu início às operações no Brasil em 2023, como conta global.

"Todos os produtos financeiros funcionarão de maneira fluída nas transações em reais ou em qualquer moeda estrangeira, funcionando 24/7, de maneira instantânea incluindo transações entre clientes tanto em reais quanto em qualquer outra moeda", explicou o presidente-executivo da Revolut no Brasil, Glauber Mota, em comunicado à imprensa.

"Nossa intenção é que os clientes, que hoje utilizam a conta global, comecem a explorar os produtos locais, realizando pagamentos recorrentes e transferências em reais, o que torna o app ainda mais completo para o uso diário", acrescentou.

Em agosto do ano passado, a fintech britânica alcançou uma avaliação de US$45 bilhões por meio de uma oferta secundária de ações, se juntando a grandes bancos da Europa, como o francês Société Générale e o britânico Barclays.

A empresa não revela o número de clientes no Brasil, formado majoritariamente por pessoas de 18 a 44 anos, mas informou que observou crescimento de 150% da base ativa de clientes entre 2023 e 2024. Do total de clientes, 50% da base transaciona em dólar, 35% em euro e 8% em libras esterlinas, segundo a fintech.

(Reportagem de Patricia Vilas Boas)

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.