Adnoc e OMV fundirão petroquímicas para criar gigante de US$60 bi

Por Gursimran Mehar e Yousef Saba e Federico Maccioni e Abinaya V

(Reuters) - A Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc) e a austríaca OMV fundirão seus negócios de poliolefinas para criar uma potência da indústria química com um valor empresarial de US$60 bilhões, à medida que a estatal petrolífera do Golfo avança em uma estratégia agressiva de crescimento.

A entidade resultante da fusão, Borouge Group International, deverá ser a quarta maior empresa de poliolefinas em capacidade de produção, atrás das chinesas Sinopec e CNPC e da norte-americana ExxonMobil, disse à Reuters o CEO da Adnoc Downstream, Khaled Salmeen.

As poliolefinas são termoplásticos que incluem o polietileno e o polipropileno, os plásticos mais usados no mundo.

O Borouge Group combinará duas joint ventures -- a Borealis, com participação de 75% da OMV e 25% da Adnoc, e a Borouge, com fatia de 54% detida pela Adnoc e de 36% pela Borealis.

"Estamos trazendo um grupo global de produtos químicos para a Áustria", disse o CEO da OMV, Alfred Stern, à Reuters.

A entidade resultante da fusão também vai adquirir a Nova Chemicals Corp, do Canadá, do fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala, por US$13,4 bilhões, incluindo dívidas, como parte de sua estratégia de expansão na América do Norte, disseram as empresas em declarações separadas.

A união "solidifica o status de Abu Dhabi como líder no setor de produtos químicos", disse o CEO do grupo Adnoc, Sultan Al Jaber.

O acordo, sujeito a aprovações regulatórias, marca a conclusão de quase dois anos de negociações. Stern disse que as conversas foram demoradas devido à complexidade do negócio, especialmente a inclusão da Nova Chemicals.

Continua após a publicidade

(Reportagem de Gursimran Kaur em Bengaluru e Yousef Saba, Federico Maccioni e Abinaya Vijayaraghavan em Dubai; Alexandra Schwarz-Goerlich em Viena; reportagem adicional de Tristan Veyet em Gdansk)

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.