Opep diz que Cazaquistão lidera salto na produção da Opep+; mantém visão para demanda
Por Alex Lawler e Vladimir Soldatkin e Olesya Astakhova
LONDRES/MOSCOU (Reuters) - A Opep disse nesta quarta-feira que o Cazaquistão liderou um salto considerável na produção de petróleo em fevereiro pela Opep+, que engloba mais países, evidenciando o desafio para o grupo de produtores em impor adesão às metas de produção acordadas.
Em um relatório mensal, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo disse que a Opep+, que inclui a Opep mais a Rússia e outros aliados, em fevereiro, aumentou a produção em 363.000 barris por dia para 41,01 milhões de bpd, com aumento liderado pelo Cazaquistão.
O avanço é mais do que o dobro de uma alta programada de 138.000 bpd na produção da Opep+ a partir de abril, à medida que o grupo elimina gradualmente sua camada mais recente de cortes na produção. O plano de aumento da produção, bem como a preocupação com as tarifas comerciais, pressionaram os preços do petróleo para baixo.
O Cazaquistão, maior país sem litoral do mundo, vem produzindo em um nível recorde e bem acima de sua cota na Opep+, à medida que a Chevron, a maior petroleira dos Estados Unidos, expande a produção no maior campo de petróleo do Cazaquistão, chamado Tengiz.
De acordo com os dados da Opep, que são compilados a partir de fontes secundárias, o Cazaquistão produziu 1,767 milhão de bpd de petróleo em fevereiro, acima dos 1,570 milhão de bpd em janeiro. A cota da Opep+ do Cazaquistão é de 1,468 milhão de bpd.
Os dados da Opep também mostraram outras nações da Opep+, como Emirados Árabes Unidos, Nigéria e Gabão, bombeando acima de suas cotas, mas em quantidades bem menores.
Fontes do setor disseram à Reuters que a produção recorde do Cazaquistão ajudou a influenciar a decisão da Opep+ de prosseguir com o aumento de abril. Autoridades do Cazaquistão prometeram, em uma reunião nesta sexta-feira, cortar a produção em março, abril e maio.
O petróleo ficou estável após a divulgação do relatório da Opep, com o petróleo Brent mantendo seus ganhos anteriores, sendo negociado acima de US$70 por barril.
(Reportagem de Alex Lawler)
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