Haddad tem apenas 10% de aprovação do mercado financeiro, diz pesquisa Genial/Quaest

(Reuters) - A aprovação do mercado financeiro ao trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que já chegou a 65% no melhor momento do atual governo, despencou para 10% conforme a mais recente persquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira.

Realizada entre os dias 12 e 17 de março, com 106 fundos de investimentos sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro, a pesquisa mostrou que 58% dos participantes consideraram o trabalho de Haddad negativo, contra 24% em dezembro. Outros 32% avaliaram como regular, ante 35% da pesquisa anterior. A aprovação do ministro era de 41% em dezembro e de 65% em julho de 2023 -- na metade do primeiro ano do governo Lula.

O mercado financeiro também avalia, conforme a pesquisa, que Haddad perdeu força ao longo do tempo. Oitenta e cinco por cento dos pesquisados em março acreditam que a força do ministro está menor, contra 61% em dezembro do ano passado. Apenas 1% dos pesquisados acreditam que o ministro está mais forte agora, ante 4% no levantamento anterior. A avaliação de que a força do ministro está igual abarcou 14% em março, ante 35% em dezembro.

Para 93% dos entrevistados, a política econômica do governo está na direção errada e 92% consideram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o principal responsável por isso.

No comando do Banco Central desde o início de janeiro, Gabriel Galípolo foi avaliado positivamente por 45% dos pesquisados em março e de forma regular por 41%, enquanto 8% consideraram seu desempenho de forma negativa. O restante não soube dizer.

Questionados sobre as decisões tomadas por Galípolo até agora, 38% as consideram técnicas, enquanto 5% afirmaram que elas são políticas. A maioria -- 58% dos entrevistados -- disse que ainda é muito cedo para avaliar.

GOVERNO LULA

O governo Lula foi avaliado negativamente por 88% dos participantes da pesquisa de março -- levemente abaixo dos 90% verificados em dezembro, quando as preocupações com o equilíbrio fiscal brasileiro e a chegada de Donald Trump à Presidência dos EUA estressaram os preços dos ativos no Brasil.

Oito por cento avaliaram o governo Lula como regular, contra 7% em dezembro, e 4% o consideraram positivo, contra 3%.

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Crítica notória do mercado financeiro, a nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também foi avaliada na pesquisa da Genial/Quaest. Para 90% dos participantes, Lula errou em nomeá-la. Outros 5% disseram que a nomeação foi um acerto.

(Reportagem de Fabricio de Castro)

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