Futuros de Wall Street oscilam pouco com dados e balanços em foco
(Reuters) - Os futuros dos principais índices de Wall Street oscilavam pouco nesta quarta-feira, com os investidores se preparando para uma série de dados econômicos e balanços corporativos na última sessão de um mês turbulento para os mercados financeiros.
Os dados do PIB dos Estados Unidos no primeiro trimestre, a leitura de março do índice PCE - a métrica de inflação preferida do Federal Reserve - e os números de emprego da ADP serão divulgados nesta quarta.
Espera-se que a economia dos EUA tenha estagnado ou até mesmo se contraído no primeiro trimestre, com os economistas rebaixando drasticamente as estimativas depois que dados de terça-feira mostraram que o déficit comercial de bens atingiu um recorde histórico em março.
Uma série de dados divulgados ao longo do mês indicou uma perspectiva econômica cada vez mais obscura e um declínio acentuado na confiança das empresas e dos consumidores, ressaltando as consequências das rápidas mudanças na política tarifária dos EUA.
Os resultados da Meta e da Microsoft serão o centro das atenções após o fechamento dos mercados, já que os investidores aguardam clareza sobre as perspectivas do setor de tecnologia e dos investimentos focados em inteligência artificial.
Várias empresas cortaram ou até mesmo retiraram suas previsões anuais devido à incerteza tarifária nas últimas semanas, sendo a Snap uma das últimas a retirar suas perspectivas para o segundo trimestre.
O futuro do S&P 500 caía 0,14%, enquanto o contrato futuro do Nasdaq 100 tinha queda de 0,31%, e o futuro do Dow Jones recuava 0,18%.
Os índices recuperaram algum terreno neste mês após uma queda acentuada na esteira dos anúncios de tarifas do "Dia da Libertação" pelo presidente Donald Trump em 2 de abril.
O S&P 500 obteve sua melhor sequência de vitórias desde novembro na terça-feira, mas as negociações têm sido instáveis nas últimas sessões, com os investidores avaliando os rápidos acontecimentos comerciais. Trump assinou dois decretos para suavizar o impacto das tarifas automotivas na terça-feira.
A quarta-feira também marca os 100 dias desde que Trump assumiu o cargo. Mudanças erráticas nas políticas comerciais e incertezas têm agitado os mercados durante esse período, anulando o otimismo inicial em relação às políticas favoráveis aos negócios do novo governo.
(Por Lisa Mattackal em Bengaluru)
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