Cúpula "Escolha a França" deve garantir 20 bilhões de euros em novos investimentos
Por Dominique Vidalon e Michel Rose
PARIS (Reuters) - A cúpula empresarial "Escolha a França" deste ano deverá garantir 20 bilhões de euros em novos investimentos, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciando projetos nos setores de defesa, energia e industrial.
Os esforços pessoais de Macron para atrair líderes empresariais internacionais, tornando as cúpulas Escolha a França um evento obrigatório para a elite corporativa global, foram creditados por uma reviravolta nas percepções anteriores dos investidores sobre a França de uma economia rígida e com impostos altos.
Além dos 20 bilhões de euros em novos investimentos, detalhes de cerca de 20 bilhões de euros em projetos focados em IA prometidos em uma cúpula do setor neste ano também serão fornecidos nesta segunda-feira, disse Macron, acrescentando que seu objetivo é garantir que a França e a Europa sejam mais inovadoras e competitivas.
"Não desistimos de nada!", disse Macron ao anunciar as promessas para a cúpula. Ele estava falando em uma unidade da Daimler Buses no leste da França, onde o chefe-executivo Till Oberwoerder anunciou um aumento nos investimentos e empregos.
Entre as promessas feitas antes da cúpula, a gigante norte-americana de logística Prologis deve investir 6,4 bilhões de euros em quatro centros de dados na região de Paris, enquanto a fintech Revolut, sediada em Londres, planeja investir 1 bilhão de euros nos próximos três anos em expansão na França e solicitará uma licença bancária francesa.
Anúncios também vieram do fundo dos Emirados Árabes Unidos MGX, voltado para IA, e outros são esperados de empresas que vão desde a Amazon até a Less Common Metals Limited no setor de terras raras. A empresa portuguesa Tekever construirá uma fábrica de montagem de drones no sudoeste, um investimento de 100 milhões de euros, informou o Palácio do Eliseu.
O governo de Macron está sob pressão para conter uma onda de cortes de pessoal no setor industrial conforme a agitação alimentada pelas políticas comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exerce mais pressão sobre a economia europeia.
(Reportagem adicional de Sudip Kar-Gupta)
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