Atividade industrial da China esfria em maio com impacto das tarifas dos EUA, mostra PMI do Caixin

PEQUIM (Reuters) - A atividade industrial da China encolheu em maio pela primeira vez em oito meses, mostrou uma pesquisa do setor privado nesta terça-feira, indicando que as tarifas dos Estados Unidos estão começando a afetar diretamente a superpotência industrial.

O Índice de Gerentes de Compras de indústria do Caixin/S&P Global caiu para 48,3 em maio, de 50,4 em abril, abaixo das expectativas dos analistas em uma pesquisa da Reuters e marcando a primeira contração desde setembro do ano passado. Essa foi também a leitura mais baixa em 32 meses.

A marca de 50 separa crescimento de contração.

O resultado está amplamente alinhado com o PMI oficial da China divulgado no sábado, que mostrou que a atividade industrial caiu pelo segundo mês.

Um tribunal federal de apelações restabeleceu temporariamente as tarifas dos EUA um dia depois que um tribunal comercial decidiu que o presidente Donald Trump havia excedido sua autoridade ao impor as tarifas e ordenou um bloqueio imediato delas.

Duas semanas depois de negociações que resultaram em uma trégua temporária na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse na quinta-feira que as negociações estão "um pouco paralisadas".

O primeiro-ministro da China, Li Qiang, disse na semana passada que o país está estudando novas ferramentas, incluindo algumas "medidas não convencionais", que serão lançadas conforme a evolução da situação.

De acordo com a pesquisa da Caixin, os novos pedidos de exportação encolheram pelo segundo mês consecutivo em maio e no ritmo mais rápido desde julho de 2023. Os produtores disseram que as tarifas dos EUA restringiram a demanda global.

Isso reduziu o volume geral de novos pedidos para o nível mais baixo desde setembro de 2022.

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Enquanto isso, a produção das fábricas contraiu pela primeira vez desde outubro de 2023.

(Reportagem de Ellen Zhang e Ryan Woo)

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