UniCredit provavelmente abandonará oferta pelo Banco BPM, diz CEO

ROMA (Reuters) - O presidente-executivo do UniCredit, Andrea Orcel , disse a um jornal italiano nesta sexta-feira que o banco provavelmente retirará sua oferta pelo Banco BPM , um dia depois de receber a aprovação antitruste europeia para o negócio de US$16,4 bilhões.

A estratégia de aquisição do UniCredit tem enfrentado problemas devido à oposição do governo na Itália e na Alemanha, onde o credor italiano tem como alvo o Commerzbank .

A oferta de compra do BPM será retomada na segunda-feira, após uma suspensão desencadeada por uma ação judicial movida pelo UniCredit para contestar as condições impostas pelo governo que, segundo ele, o impedem de prosseguir com a oferta. O governo italiano impôs seus "poderes de ouro" sobre a oferta, com base em preocupações com a segurança nacional.

"Se não conseguirmos resolver (os problemas), como é provável, nós nos retiraremos", disse Orcel ao jornal La Repubblica.

A decisão judicial está prevista para 9 de julho. A validade da proposta vai até 23 de julho.

A oferta de 14,2 bilhões de euros (US$16,4 bilhões) do UniCredit por todas as ações do BPM está abaixo do valor de mercado de 15 bilhões de euros do alvo e Orcel disse na semana passada que havia uma chance de 20%, na melhor das hipóteses, de o negócio ser concretizado, já que as condições dos "poderes de ouro" não são claras e expõem o banco a multas enormes se o UniCredit não as cumprir.

As ações do Banco BPM subiram 1,4% às 0755 GMT, indicando que os investidores ainda acreditam que o acordo será concretizado. As ações do UniCredit subiram 2,3%.

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