Aneel enfrenta pior corte orçamentário da história, diz diretor-geral

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pediu ao governo o desbloqueio imediato de recursos para evitar sua paralisação, após identificar uma situação crítica com a imposição de cortes de orçamento, disse o diretor-geral Sandoval Feitosa nesta quinta-feira, a jornalistas.

Feitosa explicou que um contingenciamento imposto pelo governo levou o orçamento a R$117 milhões, ante os R$155 milhões previstos anteriormente -- enquanto o solicitado pela agência era de R$240 milhões.

A Aneel, segundo ele, só poderá funcionar até 14h todos os dias, a partir de julho, caso os cortes sejam mantidos. Feitosa adicionou que a agência já precisou demitir trabalhadores, suspender pesquisa, call center e até fiscalizações preventivas por conta de problemas orçamentários.

"Esse é o pior corte orçamentário que a Aneel já experimentou na história", afirmou o diretor-geral. "É um quadro crítico de funcionamento da agência que pode impactar o cidadão e o desenvolvimento econômico do país."

Ele ponderou, no entanto, que a análise de renovação da concessão das distribuidoras de energia e os leilões de energia não serão impactados pela crise orçamentária.

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