Pimco vê oportunidades no Brasil e mudanças na política à frente
21/10/2014 17h01
Com uma das taxas de juros mais altas do mundo, o Brasil ainda tem boas oportunidades para investidores, avalia a megagestora Pacific Investment Management Co. (Pimco), que aposta em uma combinação melhor de políticas nos próximos anos.
"Independentemente do resultado [da eleição] esperamos que os próximos quatro anos serão marcados por algumas mudanças de políticas, com um mix melhor de políticas fiscal e monetária à frente", avalia o diretor-gerente e responsável pela gestão de portfólio para mercados emergentes da Pimco, Michael Gomez.
Em entrevista publicada no próprio site da gestora, ele diz que, de maneira geral, o ambiente macroeconômico mundial piorou e que o ajuste para uma política menos acomodatícia nos países desenvolvidos vai gerar desafios. "Como resultado, estamos buscando ?durations' [tempo médio necess?rio para recuperação do dinheiro investido] mais curtos e, dado o provável fortalecimento do dólar, menos exposição cambial", disse.
Gomez lembrou que o cenário global de juros persistentemente baixos em muitos mercados desenvolvidos, até agora, tem levado muitos a se concentrar em mercados emergentes para garantir retornos melhores. Nesse contexto, citou a avaliação "overweight" (acima da média do mercado) atribuída ao Brasil, além de Polônia. "Nos concentramos em taxas locais em países onde o retorno real está atrativo, o crescimento é mais brando e os bancos centrais estão inclinados a manter ou ainda cortar juros", explicou. Já a aposta em dívida externa fica para os países com perfis mais robustos de crescimento ou foco em reformas para melhorar o setor privado.
Para o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e México, a Pimco espera desaceleração do crescimento, para uma faixa de 1,5% a 2,5%.
Apesar das apostas, a gestora ? que esteve recentemente nos holofotes por conta da saída repentina do cofundador Bill Gross ? vê um ambiente turbulento para os mercados emergentes à frente, com normalização da política monetária nos EUA e desaceleração da China, ainda que não espere um "hard landing" (desaceleração abrupta) do país asiático.
"Independentemente do resultado [da eleição] esperamos que os próximos quatro anos serão marcados por algumas mudanças de políticas, com um mix melhor de políticas fiscal e monetária à frente", avalia o diretor-gerente e responsável pela gestão de portfólio para mercados emergentes da Pimco, Michael Gomez.
Em entrevista publicada no próprio site da gestora, ele diz que, de maneira geral, o ambiente macroeconômico mundial piorou e que o ajuste para uma política menos acomodatícia nos países desenvolvidos vai gerar desafios. "Como resultado, estamos buscando ?durations' [tempo médio necess?rio para recuperação do dinheiro investido] mais curtos e, dado o provável fortalecimento do dólar, menos exposição cambial", disse.
Gomez lembrou que o cenário global de juros persistentemente baixos em muitos mercados desenvolvidos, até agora, tem levado muitos a se concentrar em mercados emergentes para garantir retornos melhores. Nesse contexto, citou a avaliação "overweight" (acima da média do mercado) atribuída ao Brasil, além de Polônia. "Nos concentramos em taxas locais em países onde o retorno real está atrativo, o crescimento é mais brando e os bancos centrais estão inclinados a manter ou ainda cortar juros", explicou. Já a aposta em dívida externa fica para os países com perfis mais robustos de crescimento ou foco em reformas para melhorar o setor privado.
Para o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e México, a Pimco espera desaceleração do crescimento, para uma faixa de 1,5% a 2,5%.
Apesar das apostas, a gestora ? que esteve recentemente nos holofotes por conta da saída repentina do cofundador Bill Gross ? vê um ambiente turbulento para os mercados emergentes à frente, com normalização da política monetária nos EUA e desaceleração da China, ainda que não espere um "hard landing" (desaceleração abrupta) do país asiático.