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Ministro diz que Brasil vive crise política e que emprego vai melhorar

19/06/2015 13h00

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, reconheceu que o resultado do Caged de maio foi ruim, mas disse acreditar que o segundo semestre será melhor. O país registrou a perda líquida de 115.599 empregos em maio, o pior resultado para o mês desde 1992.

Segundo ele, não foi "um mês bom", e em seguida ponderou que o número representa redução de 0,9% no estoque de empregos do país. Para ele, há uma "contaminação do discurso da crise", que tem levado os consumidores a postergar o consumo e, consequentemente, reduzir a atividade econômica. "Não é uma crise econômica, é uma crise política. Temos uma população que, pela contaminação do discurso de crise, tem postergado a compra. Mas estamos superando. Hoje, o momento já é bem diferente", afirmou, durante coletiva em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. O Estado foi um dos únicos (quatro no total) que geraram emprego no mês passado.

Na avaliação de Manoel Dias, mesmo com o enfraquecimento em maio, o Brasil tem motivos para esperar uma melhora no quadro de geração de novas vagas, a partir do segundo semestre. Segundo ele, há setores que planejam investir ainda este ano, o que garantirá a geração de vagas de emprego.

O ministro disse esperar que os ajustes recuperem a economia, que deve voltar a gerar empregos. "É preciso ajustar a economia para que possamos continuar gerando vagas formais. Somente o FGTS vai aportar esse ano cerca de R$ 70 bilhões, que vai beneficiar, principalmente, o setor da construção civil", disse.

Desaceleração da atividade econômica tende a reforçar desemprego