Reajuste acima da inflação em acordos salariais é o menor em 6 anos
A piora nas condições econômicas do país desde meados do ano passado dificultou as negociações salariais no primeiro semestre de 2015. A maior parte dos acordos acompanhados pelo sistema do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entre janeiro e junho, resultou em ganho real para os trabalhadores, mas a proporção de acordos que tiveram reajustes acima da inflação foi a menor em seis anos. E o aumento médio real dos salários também foi o menor desde 2009.
Segundo a instituição, das 302 unidades de negociação pesquisadas, em 68,5% dos casos houve aumento real. É o menor percentual desde 2009, quando 76,2% das negociações resultaram em reajuste acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). No primeiro semestre do ano passado, 92,7% das negociações resultaram em ganhos reais. Em 2015, os reajustes reais se concentraram (44%) na faixa de ganhos de até 1% acima da inflação. Os reajustes reais entre 1% e 2% foram obtidos em 17,9% dos acordos.
Ao mesmo tempo, o número de acordos em que o reajuste de salários não cobriu a inflação chegou a 14,6% em 2015, a maior proporção desde 2008 (10,9%). No ano passado, apenas 2,6% dos acordos salariais ficaram abaixo da inflação.
As negociações em que os aumentos apenas cobriram a inflação passada, sem representar ganhos reais para os trabalhadores, chegaram a 16,9% no primeiro semestre, superando o registrado em 2009 (16,2%). Até então, esse havia sido o maior percentual de reajustes iguais à inflação obtidos nas negociações. Em 2014, os acordos que resultaram em reajuste igual à inflação somaram 4,6%.
O reajuste médio real obtido nas negociações deste ano também aponta a deterioração das condições para os trabalhadores. O percentual caiu de 1,46% para 0,51% em 2015, menor patamar desde 2009, quando foi de 0,74%.
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