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Mercado prevê inflação de 7,26% e recuo de 3,01% no PIB em 2016

01/02/2016 09h41


Pioraram as expectativas dos analistas de mercado para a inflação e a atividade econômica do país, segundo o boletim Focus, do Banco Central (BC). A mediana das estimativas para o avanço do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano subiu pela quinta semana seguida, de 7,23% para 7,26%. Para 2017, passou de 5,65% para 5,80% de elevação. Com isso, a projeção de inflação do próximo ano se aproxima do teto estipulado para o período, de 6%, um limite menor que o deste ano, de 6,5%.

Os analistas também ajustaram para cima dois vetores de pressão sobre o IPCA, os preços administrados e o câmbio. No primeiro caso, a projeção saiu de alta de 7,62% para 7,70% em 2016. No segundo, a estimativa é de dólar valendo R$ 4,35 no fim deste calendário, ante R$ 4,30 estimados no documento anterior. Para 2017, as previsões foram mantidas, de alta de 5,50% nos preços administrados e R$ 4,40 para o dólar.

A despeito da deterioração da inflação, os analistas reduziram as projeção para a taxa básica de juros neste ano. A mediana das projeções para a Selic ao fim de 2016 saiu de 14,64% para 14,25%, nível em que está atualmente. Para 2017, a estimativa continuou em 12,75%.

Os analistas Top 5, que mais acertam as projeções, acreditam que o BC deve iniciar a redução de juros ainda em 2016. A mediana das estimativas de médio prazo para a Selic caiu de 13,75% para 13,25%. Assim, para essa parcela do mercado, o juro seria reduzido em 1 ponto percentual até dezembro. Em 2017, a Selic continuaria a cair até ficar em 12,50%. Esse grupo também reduziu sua expectativa para o aumento do IPCA neste ano, de 7,92% para 7,79%, mas manteve a previsão para o próximo calendário, em 7,19%.

Atividade

A mediana das estimativas para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano reduziu mais um pouco e os analistas esperam agora recuo de 3,01%, em vez de contração de 3% estimada na semana anterior. Em 2017, o país deve crescer apenas 0,70%, em lugar de 0,80%.

A projeção para o resultado da produção industrial deste ano também foi revisada para baixo, de queda de 3,57% para recuo de 3,80%. Em 2017, a perspectiva é de expansão de 1,50%, inalterada.