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Bovespa desaba e registra pior pregão em quatro anos e meio

02/02/2016 18h46


Depois de acumular ganho de 8,2% em quatro dias seguidos de alta, a Bovespa passou por forte correção e caiu quase 5% nesta terça-feira, acompanhando o tombo nos preços do petróleo e das bolsas internacionais. Foi a maior queda do Ibovespa em um único dia desde 8 de agosto de 2011, quando despencou 8,08%. Naquele dia, a agência de ratings S&P rebaixou a nota dos Estados Unidos, que até aquele momento era "AAA".

O mau humor nos mercados globais hoje foi provocado pela possibilidade cada vez mais remota de um acordo entre países produtores para reduzir a oferta mundial de petróleo. O Ibovespa fechou em baixa de 4,87%, na mínima do dia, de 38.596 pontos, com bom volume financeiro, de R$ 6,389 bilhões. Entre as principais ações do índice, Itaú PN (-8,71%) e Petrobras PN (-8,89%) puxaram as perdas, seguidas Bradesco PN (-4,03%), Ambev ON (-2,28%) e Brasil Foods ON (-1,60%).

O Itaú divulgou lucro recorde de R$ 23,360 bilhões em 2015, aumento de 15,4% sobre o ano anterior, porém apresentou previsões mais pessimistas para este ano, como a possibilidade de sua carteira de crédito crescer apenas 4,5% ou até apresentar contração no ano, de 0,5%. Cielo ON (-6,44%) também marcou presença entre as maiores baixas do Ibovespa. A companhia divulgou lucro ajustado de R$ 920 milhões no quarto trimestre de 2015, um aumento de 14,6% sobre igual período de 2014. O resultado ficou abaixo dos R$ 967 milhões esperados pelos analistas. Eles chamaram atenção para a queda expressiva nas margens da companhia e as perspectivas de receitas em queda e despesas em alta neste ano.

A lista de maiores baixas do Ibovespa trouxe Cemig PN (-21,05%), Vale ON (-9,47%) e Vale PNA (-9,37%). As ações da Cemig devolveram parte dos ganhos da semana passada. Desde o anúncio a redução dos valores das chamadas bandeiras tarifárias pelo governo, em 26 de janeiro, até ontem os papéis acumularam alta de quase 50%.

Apenas quatro das 61 ações do Ibovespa encerraram o pregão no azul: Natura ON (1,03%), Gerdau Metalúrgica PN (0,86%), Cyrela ON (0,68%) e CSN ON (0,53%).