Indicadores da FGV sugerem queda menos intensa do emprego
Indicadores que tentam captar a tendência do mercado de trabalho apurados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) sinalizam uma queda menos intensa do emprego neste início de ano.
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), que procura antecipar a criação ou não de vagas, subiu 5,4% em janeiro, em relação ao mês anterior, para 73,8 pontos, o maior nível desde janeiro de 2015, quando estava em 74,2 pontos. Foi a quarta alta consecutiva do indicador. Para a FGV, esse movimento sinaliza um arrefecimento da queda de pessoal ocupado na economia nos próximos meses.
Os itens que mais contribuíram para a alta do indicador antecedente de emprego foram os que medem o grau de satisfação com a situação corrente dos negócios, na Sondagem de Serviços, e o ímpeto de contratação para os próximos três meses, na Sondagem da Indústria, com altas de 12,8% e 7% ante dezembro de 2015, respectivamente.
Outro indicador que teve movimento positivo para o mercado de trabalho foi o Coincidente de Desemprego (ICD), que caiu 2,7% em janeiro, em relação ao mês anterior, ficando em 97,3 pontos. O resultado interrompe uma sequência de quatro altas consecutivas e sinaliza uma acomodação da tendência de alta na taxa de desemprego ao início de 2016, segundo a FGV.
"No caso do IAEmp, o aumento do indicador é positivo, mas com seu nível ainda extremamente baixo, indica que a perspectiva futura parou de piorar. A melhora não parece indicar ampliação do emprego no futuro próximo, mas sim uma redução do nível de destruição do mesmo", afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista da FGV-Ibre. "A pequena redução na ponta do ICD não caracteriza uma mudança na tendência da taxa de desemprego e deve ser observada com cuidado visto a elevação persistente do desemprego nos últimos meses. O indicador ainda mostra um grande pessimismo com a situação atual do mercado de trabalho", continuou o economista.
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