Bovespa cai 2% na semana, afetada por petróleo e tensões na Europa
A semana curta no Brasil por causa do Carnaval evitou que a Bovespa sentisse com maior intensidade o movimento de fuga de ativos de risco observado em outras partes do mundo nos últimos dias. A semana foi dominada pelas incertezas sobre o crescimento da economia mundial e sobre a saúde financeira do sistema bancário europeu, além de questionamentos sobre a estratégia dos bancos centrais em adotar taxas de juros negativas para estimular suas economias.
Nesta sexta-feira, os mercados respiraram mais aliviados, após declarações do ministro do petróleo dos Emirados Árabes Unidos, de que a Opep está pronta para coordenar um corte de produção. Depois de seguidas quedas, o preço da commodity disparou e favoreceu a recuperação das bolsas hoje. A Bovespa mais uma vez acompanhou o movimento externo, com Petrobras à frente dos ganhos.
O Ibovespa fechou em alta de 1,25%, aos 39.808 pontos, com volume fraco, de R$ 4,493 bilhões. Desta forma, a bolsa brasileira encerrou a semana com perda de 1,93%, ampliando a queda no ano para 8,17%.
"Hoje tivemos um rali de alívio no mundo, mas me parece algo transitório. O petróleo subiu forte e deu sustentação às bolsas. Mas os preços de ativos reais, como o ouro, não estão voltando muito. Acredito que a espiral negativa tende a continuar, com fuga de investidores para ativos mais seguros, como títulos soberanos", afirmou o estrategista da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira.
Ele lembrou que as bolsas chinesas reabrirão na segunda-feira, após uma semana fechadas, enquanto será feriado nos Estados Unidos, o que pode provocar mais volatilidade nos mercados emergentes no início da próxima semana. No Brasil, os vencimentos de opções sobre ações, na segunda-feira, e de opções sobre Ibovespa e índice futuro, na quarta, também prometem agitar o mercado doméstico.
Petrobras PN (5,20%) e ON (6,77%) lideraram os ganhos, em linha com o avanço do petróleo. O barril do tipo WTI marcou alta de 12,3%, para US$ 29,44. Ainda entre as principais ações do Ibovespa, Brasil Foods ON avançou 2,07%, seguida por Vale PNA (2,02%), Itaú PN (0,78%), Ambev ON (0,39%) e Bradesco PN (0,31%).
No topo, além de Petrobras, ficaram Oi ON (8,82%), Smiles ON (6,76%) e TIM ON (5,63). Cielo ON (4,09%) foi a ação mais negociada, com R$ 623 milhões, recuperando parte das perdas recentes. Os papéis reagiram à informação de que a compra da unidade brasileira da credenciadora de cartões Elavon pelo Bradesco e pelo BB entrou em compasso de espera.
Entre as poucas baixas do dia ficaram Suzano PNA (-2,33%), MRV ON (-2,30%) e Hering ON (-2,20%).
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