Dólar cai com exterior, mas fatores locais seguem como trava
O dólar cai ante o real nesta terça-feira, mas a queda é menor que a registrada no exterior, o que reforça a leitura de que nos últimos dias o movimento do câmbio tem estado bastante ligado a elementos do plano doméstico.
Às 9h49, o dólar comercial caía 0,44%, a R$ 3,9859. O dólar para abril cedia 0,96%, a R$ 4,016.
Operadores têm falado em saídas de recursos desde a semana passada, percepção endossada por números do fluxo cambial de fevereiro. Além disso, as aplicações para portfólio decepcionaram e tiveram o pior janeiro em 17 anos, em um sinal de que a persistência da crise no Brasil - que deflagrou cortes do país a grau especulativo pelas três principais agências de classificação de risco - pode estar não só desestimulando novas entradas de recursos como levando parte desses dólares a sair do país.
O BC divulga amanhã, quarta-feira, os dados do fluxo cambial referentes à semana passada, mas a alta das taxas de cupom cambial dá indicações de que os últimos dias podem ter sido marcados por saídas líquidas.
Ontem, o BC fez leilão de rolagem de linhas de dólares, com possibilidade de manutenção da liquidez à vista do mercado. Hoje, a autoridade monetária dá início às rolagens do vencimento abril de swaps cambiais tradicionais. Mantida a oferta diária de 9.600 contratos prevista para esta terça-feira, o BC deve terminar o mês adiando a expiração de todo o lote de US$ 10,092 bilhões a vencer.
Nesta sessão, por ora, a repercussão ao corte do compulsório na China de ontem e declarações do presidente do Federal Reserve (Fed) de Nova York, William Dudley, de que há riscos de baixa para a economia americana, empurram o dólar para baixo no exterior, movimento replicado aqui e que colabora com um alívio na curva de juros futuros. Os mercados aguardam dados nos Estados Unidos, com potencial de influenciar as perspectivas para a política monetária americana.
Mas as expectativas do lado político em Brasília e da política monetária também estão no radar. Os mercados reagiram negativamente à possibilidade de a troca de comando no Ministério da Justiça alterar o andamento das investigações da Lava-Jato.
Ontem, foi confirmada a saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça, que para a oposição ocorreu devido a pressões internas do PT contra a Operação Lava-Jato. O novo ministro, Wellington César Lima e Silva, fará mudanças no comando da Polícia Federal, conforme apurou o Valor. O novo titular é ligado ao ministro da Casa Civil, Jacques Wagner, que na véspera fez firme defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, oficialmente investigado pela Lava-Jato.
A aproximação das investigações a personalidades importantes do PT, como o ex-presidente Lula, deu novo fôlego às discussões em torno do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Às 9h49, o dólar comercial caía 0,44%, a R$ 3,9859. O dólar para abril cedia 0,96%, a R$ 4,016.
Operadores têm falado em saídas de recursos desde a semana passada, percepção endossada por números do fluxo cambial de fevereiro. Além disso, as aplicações para portfólio decepcionaram e tiveram o pior janeiro em 17 anos, em um sinal de que a persistência da crise no Brasil - que deflagrou cortes do país a grau especulativo pelas três principais agências de classificação de risco - pode estar não só desestimulando novas entradas de recursos como levando parte desses dólares a sair do país.
O BC divulga amanhã, quarta-feira, os dados do fluxo cambial referentes à semana passada, mas a alta das taxas de cupom cambial dá indicações de que os últimos dias podem ter sido marcados por saídas líquidas.
Ontem, o BC fez leilão de rolagem de linhas de dólares, com possibilidade de manutenção da liquidez à vista do mercado. Hoje, a autoridade monetária dá início às rolagens do vencimento abril de swaps cambiais tradicionais. Mantida a oferta diária de 9.600 contratos prevista para esta terça-feira, o BC deve terminar o mês adiando a expiração de todo o lote de US$ 10,092 bilhões a vencer.
Nesta sessão, por ora, a repercussão ao corte do compulsório na China de ontem e declarações do presidente do Federal Reserve (Fed) de Nova York, William Dudley, de que há riscos de baixa para a economia americana, empurram o dólar para baixo no exterior, movimento replicado aqui e que colabora com um alívio na curva de juros futuros. Os mercados aguardam dados nos Estados Unidos, com potencial de influenciar as perspectivas para a política monetária americana.
Mas as expectativas do lado político em Brasília e da política monetária também estão no radar. Os mercados reagiram negativamente à possibilidade de a troca de comando no Ministério da Justiça alterar o andamento das investigações da Lava-Jato.
Ontem, foi confirmada a saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça, que para a oposição ocorreu devido a pressões internas do PT contra a Operação Lava-Jato. O novo ministro, Wellington César Lima e Silva, fará mudanças no comando da Polícia Federal, conforme apurou o Valor. O novo titular é ligado ao ministro da Casa Civil, Jacques Wagner, que na véspera fez firme defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, oficialmente investigado pela Lava-Jato.
A aproximação das investigações a personalidades importantes do PT, como o ex-presidente Lula, deu novo fôlego às discussões em torno do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
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