Dólar cai ao menor valor do ano com cena política e movimento externo
O dólar renovou a mínima no ano frente ao real e fechou em queda pelo terceiro pregão consecutivo. Além da melhora do apetite por ativos de risco no exterior, notícias no cenário político ajudaram a acentuar o movimento de queda da moeda americana no mercado local ao alimentar as especulações de um aumento das possibilidades de um impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O dólar comercial caiu 2,27%, encerrando a R$ 3,8002, menor patamar desde 10 de dezembro, quando encerrou a R$ 3,7978. Já o contrato futuro para abril recuava 2,20% para 3,839.
O real foi destaque de alta entre as moedas emergentes, apresentando o segundo melhor desempenho frente ao dólar, só perdendo para o peso argentino.
A queda do dólar no mercado local foi intensificada pela reportagem publicada na edição de hoje da revista "IstoÉ", que aponta que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) fez um acordo de delação premiada no âmbito das investigações da Operação Lava-Jato, na qual teria afirmado que a presidente Dilma Rousseff teve uma ação decisiva para manter na Petrobras diretores comprometidos com o esquema do Petrolão. A delação também envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A notícia ajudou a reforçar as apostas em um aumento das chances de um impeachment da presidente Dilma, o que tem contribuído para a performance positiva dos ativos locais.
Mais tarde, no entanto, Delcídio disse que não confirmava o conteúdo da reportagem e que não foi procurado pela revista.
Para Rogério Braga, sócio e gestor da gestora Quantitas, a aproximação das investigações da Operação Lava-Jato do governo e do ex-presidente Lula aumenta o desgaste do PT e reforça as chances de uma mudança de poder, seja pelo impeachment, seja nas próximas eleições.
Braga, contudo, não acredita em um rali do real em função de um aumento das apostas de um impeachment, lembrando que o que tem sustentado o movimento de recuperação da moeda brasileira é a mudança no apetite por ativos de risco no exterior. "Podemos ver até uma alta adicional do real em meio a um ambiente favorável para mercados emergentes, mas só o cenário político não seria suficiente para sustentar esse movimento", diz.
Braga ainda não vê espaço para montar posições apostando na recuperação da moeda brasileira, dado que os fundamentos econômicos do Brasil ainda estão fracos e, portanto, os investidores cobram um prêmio de risco mais alto para aplicar no país em relação a outros mercados emergentes. "A inflação no Brasil ainda é muito alta e, por isso, o câmbio nominal tem que se desvalorizar mais", diz.
A decisão do Banco Central em manter a taxa Selic estável em 14,25% é mais um elemento que torna atrativas as aplicações em renda fixa no Brasil em meio ao ambiente externo de maior apetite por ativos de risco.
Lá fora, o dólar recuava frente às principais moedas emergentes, movimento amparado pela divulgação de dados mais fracos que o esperado da economia americana, que reforçou as apostas de que o Federal Reserve pode adiar uma nova alta de juros.
As encomendas à indústria subiram 1,6% em janeiro nos EUA, abaixo da expectativa do mercado que era de alta de 2,21%.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego vieram acima do esperado e subiram para 278 mil na última semana, ante 270 mil estimado pelos analistas.
A moeda americana recuava 0,85% em relação ao dólar australiano, 0,50% diante da lira turca e subia 0,51% em relação ao peso mexicano.
O Banco Central seguiu com a renovação do lote de US$ 10,092 bilhões em swaps cambiais que vence em abril e renovou mais 9.600 contratos.
O dólar comercial caiu 2,27%, encerrando a R$ 3,8002, menor patamar desde 10 de dezembro, quando encerrou a R$ 3,7978. Já o contrato futuro para abril recuava 2,20% para 3,839.
O real foi destaque de alta entre as moedas emergentes, apresentando o segundo melhor desempenho frente ao dólar, só perdendo para o peso argentino.
A queda do dólar no mercado local foi intensificada pela reportagem publicada na edição de hoje da revista "IstoÉ", que aponta que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) fez um acordo de delação premiada no âmbito das investigações da Operação Lava-Jato, na qual teria afirmado que a presidente Dilma Rousseff teve uma ação decisiva para manter na Petrobras diretores comprometidos com o esquema do Petrolão. A delação também envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A notícia ajudou a reforçar as apostas em um aumento das chances de um impeachment da presidente Dilma, o que tem contribuído para a performance positiva dos ativos locais.
Mais tarde, no entanto, Delcídio disse que não confirmava o conteúdo da reportagem e que não foi procurado pela revista.
Para Rogério Braga, sócio e gestor da gestora Quantitas, a aproximação das investigações da Operação Lava-Jato do governo e do ex-presidente Lula aumenta o desgaste do PT e reforça as chances de uma mudança de poder, seja pelo impeachment, seja nas próximas eleições.
Braga, contudo, não acredita em um rali do real em função de um aumento das apostas de um impeachment, lembrando que o que tem sustentado o movimento de recuperação da moeda brasileira é a mudança no apetite por ativos de risco no exterior. "Podemos ver até uma alta adicional do real em meio a um ambiente favorável para mercados emergentes, mas só o cenário político não seria suficiente para sustentar esse movimento", diz.
Braga ainda não vê espaço para montar posições apostando na recuperação da moeda brasileira, dado que os fundamentos econômicos do Brasil ainda estão fracos e, portanto, os investidores cobram um prêmio de risco mais alto para aplicar no país em relação a outros mercados emergentes. "A inflação no Brasil ainda é muito alta e, por isso, o câmbio nominal tem que se desvalorizar mais", diz.
A decisão do Banco Central em manter a taxa Selic estável em 14,25% é mais um elemento que torna atrativas as aplicações em renda fixa no Brasil em meio ao ambiente externo de maior apetite por ativos de risco.
Lá fora, o dólar recuava frente às principais moedas emergentes, movimento amparado pela divulgação de dados mais fracos que o esperado da economia americana, que reforçou as apostas de que o Federal Reserve pode adiar uma nova alta de juros.
As encomendas à indústria subiram 1,6% em janeiro nos EUA, abaixo da expectativa do mercado que era de alta de 2,21%.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego vieram acima do esperado e subiram para 278 mil na última semana, ante 270 mil estimado pelos analistas.
A moeda americana recuava 0,85% em relação ao dólar australiano, 0,50% diante da lira turca e subia 0,51% em relação ao peso mexicano.
O Banco Central seguiu com a renovação do lote de US$ 10,092 bilhões em swaps cambiais que vence em abril e renovou mais 9.600 contratos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.