Juros futuros curtos caem com ajuste de apostas feito por investidores
As taxas dos contratos de juros mais curtos fecharam em ligeira queda na BM&F, com os investidores ajustando as posições após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 14,25%. O mercado discute quando deverá acontecer o próximo passo, o corte de juros. Já os contratos mais longos foram influenciados pelo cenário de menor aversão a risco no exterior e por notícias sobre a política local.
O DI para janeiro de 2017 recuou de 14,06% para 14,045%, enquanto o DI para janeiro de 2018 caiu de 14,33% para 14,27%.
O fato de a decisão do Copom ontem não ter sido unânime e do Banco Central ter repetido praticamente o mesmo comunicado da reunião de janeiro reforçou a leitura no mercado de que não há espaço para um corte de juros no curto prazo. "O BC está procurando por uma oportunidade para cortar juros mais para frente neste ano [desde que a inflação anual caia suficiente]. No entanto, isso está longe de ser trivial e continuamos a esperar que a taxa de juros fique estável ao longo de 2016", aponta a Nomura Secutiries em relatório.
O banco destaca que eventuais cortes poderiam ser introduzidos apenas no segundo semestre, com o BC inclinado a esperar pela desaceleração da inflação antes de agir.
O dado fraco do PIB é mais um elemento que reforça as apostas de que o BC pode cortar a taxa de juros ainda neste ano. A economia brasileira recuou 1,4% no quarto trimestre ante o terceiro e 5,9% frente ao mesmo trimestre de 2014. Em todo o ano de 2015, a contração foi de 3,8% sobre o ano anterior.
Para o Itaú Unibanco, à medida que a inflação em 12 meses começar a cair e o cenário de recessão intensa em 2016 se consolidar, o Copom iniciará um processo de redução de juros. O contexto internacional mais incerto, e a tendência mais expansionista da política monetária global, especialmente entre as economias avançadas, também reforçam este cenário. Itaú Unibanco espera uma taxa Selic a 12,75% ao fim deste ano, com três cortes de 0,50 ponto a partir da reunião de agosto.
O maior risco para esse quadro, segundo o banco, seria uma depreciação mais intensa da taxa de câmbio (em função do risco fiscal), o que pressionaria a inflação. Por enquanto, o câmbio tem favorecido a inflação diante do ambiente de menor aversão a risco no exterior e das especulações em torno de certa elevação das chances de impeachment da presidente Dilma Rousseff, alimentadas pelo avanço das investigações da Operação Lava-Jato.
Esse ambiente também tem favorecido a queda das taxas dos contratos de juros de longo prazo. Hoje o DI para janeiro de 2021 recuou de 15,3% para 15,01%.
O DI para janeiro de 2017 recuou de 14,06% para 14,045%, enquanto o DI para janeiro de 2018 caiu de 14,33% para 14,27%.
O fato de a decisão do Copom ontem não ter sido unânime e do Banco Central ter repetido praticamente o mesmo comunicado da reunião de janeiro reforçou a leitura no mercado de que não há espaço para um corte de juros no curto prazo. "O BC está procurando por uma oportunidade para cortar juros mais para frente neste ano [desde que a inflação anual caia suficiente]. No entanto, isso está longe de ser trivial e continuamos a esperar que a taxa de juros fique estável ao longo de 2016", aponta a Nomura Secutiries em relatório.
O banco destaca que eventuais cortes poderiam ser introduzidos apenas no segundo semestre, com o BC inclinado a esperar pela desaceleração da inflação antes de agir.
O dado fraco do PIB é mais um elemento que reforça as apostas de que o BC pode cortar a taxa de juros ainda neste ano. A economia brasileira recuou 1,4% no quarto trimestre ante o terceiro e 5,9% frente ao mesmo trimestre de 2014. Em todo o ano de 2015, a contração foi de 3,8% sobre o ano anterior.
Para o Itaú Unibanco, à medida que a inflação em 12 meses começar a cair e o cenário de recessão intensa em 2016 se consolidar, o Copom iniciará um processo de redução de juros. O contexto internacional mais incerto, e a tendência mais expansionista da política monetária global, especialmente entre as economias avançadas, também reforçam este cenário. Itaú Unibanco espera uma taxa Selic a 12,75% ao fim deste ano, com três cortes de 0,50 ponto a partir da reunião de agosto.
O maior risco para esse quadro, segundo o banco, seria uma depreciação mais intensa da taxa de câmbio (em função do risco fiscal), o que pressionaria a inflação. Por enquanto, o câmbio tem favorecido a inflação diante do ambiente de menor aversão a risco no exterior e das especulações em torno de certa elevação das chances de impeachment da presidente Dilma Rousseff, alimentadas pelo avanço das investigações da Operação Lava-Jato.
Esse ambiente também tem favorecido a queda das taxas dos contratos de juros de longo prazo. Hoje o DI para janeiro de 2021 recuou de 15,3% para 15,01%.
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