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Confiança da indústria melhora pelo terceiro mês consecutivo, diz CNI

16/03/2016 12h00

(Atualizada às 11h57) O Icei, indicador de confiança do empresário industrial, calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), subiu pelo terceiro mês consecutivo em março. Apesar disso, o indicador segue abaixo de 50 pontos, linha que divide o pessimismo do otimismo.

O Icei aumentou 0,3 ponto, para 37,4, e acumula alta de 1,4 ponto neste ano. Entre outubro de 2015 - início da trajetória atual - e março de 2016, o índice cresceu 2,4 pontos. "A recuperação é positiva, mas o índice ainda está muito baixo. Por exemplo, mantido esse ritmo, o Icei levaria 26 meses para superar os 50 pontos, ou seja, mais de dois anos para o empresário voltar a ficar otimista", diz a entidade, em nota. A média histórica do indicador é de 54,6 pontos.

Um dado negativo é que o índice de confiança das grandes empresas, que liderava a recuperação do Icei, voltou a recuar em março, ainda que de forma discreta, de 38,6 para 38,4 pontos.

Na avaliação por segmentos, houve queda da confiança na indústria da construção, e aumento na extrativa e na de transformação.

O indicador de expectativa geral também subiu, de 41,2 para 41,5, com melhora tanto em relação à economia brasileira (31,8) quanto em relação à empresa (46,6) nos próximos seis meses.

Segmentos

O nível de confiança melhorou em 18 de 27 segmentos da indústria de transformação monitorados mensalmente pela CNI. Em 14 desses 18, o nível de confiança supera o do mesmo período do ano passado. É preciso notar, contudo, que apesar da melhora, todos estão abaixo do limite de 50.

Há melhora do nível de confiança em segmentos que ou são mais voltados ao mercado externo ou sofrem competição com importados, como têxteis, cujo índice subiu de 35,5 em fevereiro para 39,3 em março. Em março de 2015, estava em 35,6. Outros que seguem o mesmo caminho são calçados (41,7 para 45,5), papel e celulose (de 34,6 para 35,2), informática e eletrônicos (34,4 para 35,6).

Segmentos importantes por sua abrangência, como automóveis (32,4 para 35,1), metalurgia (31,8 para 32,2) e alimentos (40,1 para 40,5) também tiveram melhoras em seus índices.

Na outra ponta, máquinas e equipamentos (segmento muito relacionado a investimentos em capital fixo), bebidas, madeira, biocombustíveis, couro, farmacêuticos, minerais não metálicos e móveis registraram queda nos níveis de confiança em março.

Sudeste em baixa

A pesquisa de confiança realizada pela CNI mostrou que houve melhora no humor dos empresários das indústrias de quase todas as regiões brasileiras.

A exceção foi a Sudeste, a mais industrializada, onde o indicador recuou de 34,6 para 34,4 entre fevereiro e março.

Nas demais houve melhora: no Norte (de 36,5 para 36,9), Nordeste (39,3 para 39,4), Sul (37,2 para 37,9) e Centro-Oeste (de 39,5 para 39,8).